Redirecionamento

20 julho, 2011

DADOS DO CAGED: CRISE NA INDÚSTRIA TÊXTIL E RETOMADA SAZONAL DA AGROPECUÁRIA

O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou ontem os resultados de junho do mercado formal de trabalho. No mês passado o estado ficou com um saldo positivo em 1.407 postos de trabalho. No acumulado do ano (com dados ajustados para as declarações atrasadas), o RN acumula um déficit de 1.703 vagas e no acumulado em 12 meses (também ajustado) registra um saldo positivo de 18.683 empregos gerados.

Em 2011 três setores vem concentrando as demissões no estado: 1) agopecuária (com 2.949 demissões); 2) indústria têxtil e de confecções (1.958 demissões); 3) indústria química, produtos farmacêuticos e veterinários (1.696 demissões).

No lado oposto da equação estão os setores de comercialização, administração de imóveis e serviços técnicos-profissionais (saldo de 1.449 empregos) e construção civil (saldo de 1.342 empregos).

A indústria têxtil e de confecções no estado constitui, dentro do ramo industrial, o principal setor empregador, com a presença de grandes empresas nacionais que atual no ramo (COTEMINAS, GUARARAPES, COATS CORRENTES...). Esse segmento, depois de registrar um período de forte contratações entre março e setembro de 2010, quando aumentou o contingente de trabalhadores em cerca de 3,6 mil pessoas, iniciou um período de fortes dispensas. Entre novembro de 2010 e junho de 2011 o setor já demitiu aproximadamente 2,05 mil pessoas.

O ritmo desse setor ao longo desse segundo semestre provavelmente irá melhorar (por forças da produção destinada ao consumo de final de ano). Mas não sei se será capaz de reverter o déficit gerado até agora.

Por outro lado, depois de vários meses de saldo negativo a agropecuária iniciou seu período de contratações temporárias, que irão se intensificar até novembro. Nesse ciclo de contratações temporárias na agropecuária os ramos responsáveis por esses empregos são as culturas de melão e cana-de-açúcar.

Minhas expectativas para 2011 é que iremos terminar o ano com saldo positivo, embora não tão expressivo quanto o saldo de 2010.



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