A região da Chapada do Apodi vive uma intensa polêmica em torno do modelo de utilização das águas da Barragem de Santa Cruz (localizada no município de Apodi), em projetos de irrigação.
De um lado encontra-se o DNOCS e seu tradicional modelo de projetos de irrigação. Nesse modelo uma área de aproximadamente 5.200 ha será desapropriada dos atuais proprietários e "entregue" a novos produtores, sendo estes novos "assentados" formado por empresários, profissionais de ciências agrárias, técnicos de nívels médio e pequenos produtores.
A finalidade do projeto seria para a produção de frutas tropicais, em grande parte destinadas ao mercado internacional.
O projeto está orçado em R$ 280 milhões e localiza-se quase que integralmente no município de Apodi, sendo apenas uma pequena parte dentro do território de Felipe Guerra.
Abaixo um mapa geral da localização do projeto e de sua área de influência.
Abaixo um mapa detalhando a localidade do projeto, mostrando como o mesmo fica encravado no entorno do famoso Lajedo de Soledade e da comunidade de Soledade.
Os movimentos sociais e os agricultores da região fazem uma série de críticas a esse modelo proposto pelo DNOCS. Dentre essas críticas destacamos: 1) o projeto promove a desapropriação de uma grande área e desaloja inúmeros pequenos agricultores de suas terras; 2) existe na chapada inúmeros projetos de assentamentos de reforma agrária e estes estariam excluídos desse projeto; 3) também estariam excluídos inúmeros produtores locais, que ja atuam naquela áreas e que não seriam beneficiados pelo projeto (muitos inclusive podendo ser prejudicados em função das desapropriações); 4) há uma certa descrença nos modelos de perímetros irrigados e os Projetos de irrigação do DONCS, dado o fracasso de inúmeros deles, inclusive alguns no RN.
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