Redirecionamento

22 fevereiro, 2013

Crédito e Inadimplência Bancária no RN em 2012

O ano de 2012 acabou e agora começam a aparecer estatísticas que nos dão uma ideia geral de como se comportou a economia do RN no ano passado. Já fizemos vários balanços aqui no blog sobre o desempenho de nossa economia no ano que se encerrou. Hoje vamos tratar de crédito bancário e inadimplência e desfazermos alguns mitos.

O ano de 2012 encerrou-se no RN com o saldo das operações de crédito das instituições bancárias alcançando o volume de R$ 20,3 bilhões, sendo R$ 12 bilhões destinados à pessoa física e cerca de R$ 8,3 bilhões para pessoas jurídicas.



Em relação a 2011 o saldo do crédito total expandiu-se 22,34%, com as operações para pessoas físicas crescendo 19,61% e aquelas orientadas para pessoas jurídicas aumentando 26,5%. 

O crescimento do crédito em 2012 dá continuidade à tendência de expansão do crédito bancário no Brasil. Essa tendência ganha forte aceleração a partir do início da década passada, sobretudo após 2003/2004. As curvas de expansão do crédito sofreram uma forte desaceleração com a crise mundial de 2008. No estado, por exemplo, o crédito para pessoa física vinha se expandindo a uma taxa de 50% ao ano quando a crise arrebentou os mercados mundiais. A desaceleração da economia, a adoção de medidas prudenciais, a criação de maiores dificuldades para a concessão do crédito e o aumento dos juros fizeram com que essa taxa caísse para o patamar atual. 


É provável que ao longo de 2013 essa taxa de expansão do crédito continue em desaceleração.

No que diz respeito à inadimplência, ela encontra-se no momento em tendência de queda. E ao contrário do que se alardeia por aí e da opinião de alguns economistas locais, seus índices não são alarmantes. Em 2012 a inadimplência total no RN estava em 4,2%. As pessoas físicas tinham uma taxa de inadimplência bancária de 5,04% e as pessoas jurídicas de 3,0%. 

À título de comparação, 2011 encerrou-se com o índice de inadimplência de PF no estado em 5,87%. Além disso, o índice já chegou a 9% no início de 2004 e a 7% em meados de 2009. Portanto, nem de longe nossos indicadores de inadimplência bancária trazem preocupação para a economia.

Além disso, o movimento é nitidamente de queda e as expectativas para 2013 é de continuarem caindo.


Em 12 de fevereiro de 2012 eu fiz uma postagem analisando o comportamento do crédito no estado e colocando minhas expectativas quanto ao desempenho ao longo do ano passado. (veja o link Aqui). Naquele momento (um ano atrás) eu dizia que a expansão do crédito iria se desacelerar e a inadimplência cair. Justamente o que aconteceu. Essas são mesmas perspectivas que tenho para 2013.

Vamos esperar fevereiro de 2014 para verificar.


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