Redirecionamento

29 fevereiro, 2012

A Rede Hoteleira de Natal/RN: Um Grande Diferencial Para a Cidade

O IBGE divulgou ontem a Pesquisa de Serviços de Hospedagem. Essa pesquisa foi feita em parceria com o Ministério do Turismo e fez uma ampla radiografia da rede de hospedagem das 27 capitais brasileiras.

Natal ganha destaque nacional nessa pesquisa. A capital potiguar ocupa a 9ª posição no ranking brasileiro de estabelecimentos, com um total de 212 unidades. Destas, 93 são hotéis, 64 são pousadas, 36 são motéis, 18 apart hotéis/flats e 1 albergue turístico.





Mas o destaque mesmo fica por conta da capacidade de hospedagem da cidade. Nesse quesito Natal ocupa a 4ª posição entre as capitais brasileiras. Com um total de 19.532 leitos, a capital potiguar tem capacidade de hospedar 29.757 pessoas (antes que estranhem o dado eu devo lembrar que cama de casal é um leito mas acomoda dois hóspedes). Esse número é inferior apenas ao registrado por São Paulo, Rio de Janeiro e Salvado. Portanto, ocupamos a 2ª colocação entre as capitais do Nordeste.

A rigor, embora a pesquisa não aponte, provavelmente o destaque de Natal seja entre todas as cidades brasileiras e não somente entre as capitais, pois dificilmente alguma cidade do interior do país terá capacidade de hospedagem superior à da nossa capital.

O que faz Natal saltar da 9ª posição em número de estabelecimentos para o 4º lugar em capacidade de hospedagem é o porte da rede hoteleira local. A capital do RN é capaz de ocupar, em média, 140 hóspedes por estabelecimento. Esse é a  segunda maior capacidade entre as capitais brasileiras, perdendo apenas para a cidade do RJ cuja capacidade média é de 157. Além disso, Natal possui o terceiro maior número de estabelecimentos com 100 ou mais unidades habitacionais (aptos, chalés, suites...). São 37 estabelecimentos em Natal com essa característica, somente São Paulo (com 119) e Rio de Janeiro (com 77) superam o número local.

Parte expressiva desses números são afetados pela ampla rede de hotel localizado na Via Costeira, empreendimento hoteleiro único entre as cidades brasileiras.



Uma outra característica da rede hoteleira local é o perfil da hospedagem. Em Natal praticamente 20% dos estabelecimentos estão classificados na categoria Luxo ou Superior/Muito confortável. No Brasil a média é de 13,5%, em Fortaleza é 13,9% e em Salvador é 10,1%.

Portanto, se dependesse apenas do parque hoteleiro da capital potiguar o turismo local seria um destaque nacional o tempo inteiro. Além disso, já teríamos garantido antecipadamente o sucesso na realização da copa do mundo. Pena que nem tudo depende apenas dos serviços de hospedagem que oferecemos.

28 fevereiro, 2012

RN Consome 1,3 Milhão de Metros Cúbicos de Combustíveis em 2011

O consumo de combustíveis no estado continua aquecido. Em 2011 foram consumidos no estado 1,3 milhão de metros cúbicos de combustíveis, com crescimento de 7,33% sobre o consumo de 2010. Essa taxa de crescimento foi superior ao crescimento registrado pelo Brasil (3,0%) e pelo Nordeste (5,9%).

O crescimento do consumo de combustíveis no estado foi puxado principalmente pela gasolina, cujo volume consumido chegou a 484,5 mil m³, com crescimento de 20% sobre 2010.

O segundo combustível mais importante, em termos de volume consumido no RN, é o óleo diesel, cujo consumo ficou em 437,1 mil m³ no ano passado e crescimento de 6,84% sobre o ano anterior.

Os demais combustíveis tiveram queda no consumo em 2011, puxado sobretudo pela redução no consumo do álcool hidratado, cujo consumo caiu cerca de 30% em 2011. No ano de 2010 o RN consumiu 79,2 mil m³ de álcool hidratado e em 2011 o consumo caiu para 55,3 mil m³.

Puxado pelo aumento constante da frota, acreditamos que o consumo de combustível seguirá crescendo em 2012 e também será puxado pela gasolina.


25 fevereiro, 2012

Reservas de Petróleo no RN Cresceram 3,19% em 2011 e de Gás Recuaram 7,31%

As reservas provadas de petróleo do RN encerraram 2011 com um volume total de 536,2 milhões de barris de petróleo. Esse número é 3,19% a mais do que as reservas provadas em fins de 2010.

No Nordeste o RN possui a segunda maior reserva da região, perdendo apenas para aquela registrada pelo estado da Bahia. No Brasil como um todo o estado possui a quarta maior reserva, atrás do RJ, ES e BA.

No RJ estão concentradas as maiores reservas do país. Lá se encontram aproximadamente 83% das reservas brasileiras de petróleo. No RN temos menos de 2% o petróleo nacional.

O pico das reservas de petróleo no RN ocorreu em 2008, quando foram registradas 547 milhões de barris de petróleo em terras e mares potiguares.



Aproximadamente dois terços das reservas de petróleo do RN situam-se em terra (349,2 milhões de barris) e o restante em mar (187,0 milhões de barris). No ano passado o maior crescimento das reservas potiguares aconteceu na porção terrestre da bacia local.


Enquanto as reservas de petróleo da bacia potiguar registram um leve aumento, as reservas de gás natural apresentaram um declínio de 7,31%, puxado principalmente pela queda das reservas em mar.

Diferentemente do que ocorre com o petróleo potiguar, cujas maiores reservas situam-se em terra. Com o gás natural essas reservas estão concentradas principalmente na parte marítima da bacia local, onde se encontrem 83% do gás natural encontrado no território potiguar.

Nos últimos 7 anos as reservas de gás natural do RN recuaram em mais de 50%, caindo de aproximadamente 56 bilhões de metros cúbicos em 2004 para pouco mais de 12,5 bilhões em 2011.


As maiores reservas terrestres de petróleo no Brasil  estão localizadas atualmente na Bahia, com o RN ocupando a segunda posição. Já as reservas terrestres de gás natural estão concentradas principalmente no Amazonas, com volume de aproximadamente 90 bilhões de metros cúbicos, em segundo lugar vem a Bahia com 12,5  bilhões e em terceiro o RN, com reservas totais de 2,2 bilhões de metros cúbicos.
PS.: Estamos falando de reservas de petróleo e gás, não confundir com produção anual.

16 fevereiro, 2012

O Desempenho do Comércio Varejista do RN - Passado e Perspectivas

Em 2011 o comércio varejista do RN cresceu 7,05% em relação ao ano anterior. No conceito de comércio varejista ampliado (que inclui também as vendas de veículos e peças e o setor de material de construção) e desempenho foi de 5,53%.

Em termos comparativo o comércio varejista "restrito" do estado cresceu acima da média brasileira, que teve um crescimento de 6,7%. Por outro lado, o comércio varejista ampliado apresentou desempenho abaixo da média nacional, cujo crescimento foi de 6,6%.

Comparado ao ano de 2010 ocorreu, de forma similar ao que se passou com a economia brasileira, uma desaceleração do crescimento das vendas no estado. Em 2010 o varejo do estado cresceu 9,36% e o varejo ampliado registrou crescimento de 9,90%.

O desempenho mais fraco do comércio varejista pode ser atribuído a uma queda na venda de automóveis no estado em 2011 e também a uma redução no ritmo de lançamentos do mercado imobiliário. O menor ritmo desses dois segmentos, por sua vez, foi afetado pelas políticas de aumento dos juros e contenção do crédito adotado pelo governo federal em fins de 2009 e início de 2010. O que afetou também foi uma redução no ritmo de expansão de crédito no estado e um aumento da inadimplência do consumidor local. Outro fator importante foi o desempenho do mercado de trabalho local, cuja queda do volume de emprego formal gerado no ano registrou queda de mais de 50% quando comparado a 2010 e colocou o estado na lanterna da geração de emprego no Brasil.

Mas o mais importante a ser destacado, acredito, é que o comércio varejista ampliado estadual dificilmente repetirá nos médio prazo (falo dos próximos 3 anos), um desempenho semelhante ao registrado no triênio 2005-2007, quando crescia a taxas superiores a 12%.

Acredito que o desempenho local provavelmente ficará no máximo na casa dos 10%. Mesmo o varejo restrito também não crescerá muito além desse limite.

O gráfico abaixo demonstra que há, no longo prazo, uma tendência a essa desaceleração do crescimento do comércio. Além disso as estimativas de crescimento da economia brasileira para os próximos anos situam-se na casa do 4%. Isso significa, também, que não haverá muito espaço para crescimento muito além do 10 pontos percentuais.

Vejo um 2012 com desempenho melhor que 2011. Vejo que nesse ano também será mais provável o varejo restrito crescer mais que o ampliado. Espero para o começo do ano que a variação das vendas no acumulado em 12 meses do varejo ampliado possam registrar índices abaixo dos 5% (sobretudo agora em janeiro).

Acredito que somente a partir do segundo trimestre é que voltaremos a ver no comércio estadual algum sinal de aceleração nas vendas. Mas não espero crescer mais que 10%. Talvez cresçamos em 2012 no máximo 9% no varejo restrito e 8% no ampliado.

Mas esse é um número a ser comemorado pelo setor, pois para a economia do RN como um todo o crescimento muito provavelmente não passará do 4%.



12 fevereiro, 2012

No RN em 2011 Ocorreu Aumento do Crédito Bancário e da Inadimplência

Em novembro de 2011, segundo dados do Banco Central do Brasil, o saldo do crédito bancário no RN atingia o montante de R$ 13,5 bilhões, dos quais R$ 7,4 bilhões destinado à pessoa física e R$ 6,1 bilhões para pessoa jurídica.


Semelhante ao que vem ocorrendo no país o estado também passa por um ciclo de forte expansão do crédito, sobretudo daquele que se destina às pessoas físicas. Entre janeiro de 2004 e novembro de 2011 o crédito bancário à PF no RN cresceu 10,5 vezes, para pessoa jurídica esse crescimento foi de 5,37 vezes.


Apesar do crédito continuar se expandido, a velocidade de expansão vem apresentando sinais queda. Em dezembro de 2010 o crédito bancário no estado havia aumentado aproximadamente 30% nos 12 meses anteriores (ou seja, em relação a dezembro de 2009). Em 2011 porém, até novembro, a expansão do crédito foi de 23,6%. Muito provavelmente o ano de 2011 vai se encerrar com uma expansão nesse intervalo entre 22 e 23%.


Ao longo de 2011 verificou-se um aumento do índice de inadimplência do estado, puxado sobretudo pelo crédito voltado à pessoa física. Mas esse aumento ainda coloca a taxa de inadimplência bancária dos potiguares em um patamar bem inferior ao que já foi registrado em 2004 e também no início de 2009.



Minhas expectativas para 2012 para o crédito no RN são: 1) continuidade do movimento de expansão com leve queda do ritmo de crescimento; 2) estabilização e posterior queda das taxas de inadimplência.

09 fevereiro, 2012

Transferências Cnstitucionais para Estado e Municipios do RN foram de R$ 441,6 Milhões em Janeiro/2012

As transferências constitucionais do Governo Federal para o Estado do RN e os municípios potiguares alcançaram um volume de R$ 441,6 milhões, sendo R$ 196 milhões para os municípios e R$ 245,6 milhões para o governo do estado.

Entre essas transferências as principais rubricas são dos Fundos de Participação (FPE e FPM) e do FUNDEB (destinado á educação).

Em relação a janeiro de 2011 os municípios receberam um volume apenas 2,26% maior agora em 2012. Já para o governo do estado o aumento foi de 0,64%.

Em uma comparação com janeiros de anos anteriores, podemos ver que nos anos de 2011 e 2012 essas transferências se situam em um novo patamar (mais elevado) do que aquele registrado nos anos anteriores.


07 fevereiro, 2012

Exportações do RN Apresentam o Melhor Janeiro dos Últimos 4 Anos (US$ 27,86 Milhões)

O ano de 2012 começou bem para o setor exportador do estado. Foram exportados em janeiro deste ano US$ 27.855.544. No mesmo mês do ano passado as exportações haviam sido de US$ 18,46 milhões. Portanto, ocorreu um aumento de 51% no valor das exportações estaduais.

No contexto dos últimos tempos esse foi o melhor janeiro desde 2009.



O gráfico abaixo demonstra que no acumulado em 12 meses as exportações do RN vem apresentando, desde meados do ano passado, uma tendência de crescimento.


Um dos principais segmentos responsáveis pelas exportações nesse ano de 2012 foi o segmento de fruticultura. Em janeiro deste ano as exportações do setor totalizaram US$ 14,11 milhões, um aumento de 44% frente aos US$ 9,8 milhões do mesmo mês de 2011.

Outro grupo que registrou também um bom aumento em janeiro/12 em comparação ao mesmo mês do ano passado foi o capítulo 17 da Nomeclatura Comum do Mercosul (NCM), composto por açúcares e produtos de confeitaria. Em janeiro de 2011 as exportações desse setor no RN foram de US$ 481,58 mil e no mesmo mês deste ano subiram para US$ 3,3 milhões.

No segmento de frutas e castanhas os destaques foram para o melão (US$ 5,4 milhões em janeiro de 2011 e US$ 7,1 milhões em janeiro de 2012) e a castanha de caju (US$ 2,72 milhões em janeiro de 2011 e US$ 4,57 milhões em janeiro de 2012). Mas praticamente todos os demais produtos do segmento registraram aumento.


É provável que as exportações de fevereiro/12 sejam inferiores ao registrado em janeiro de 2012 (assim como janeiro/12 foi inferior a dezembro/11) porque estamos no fim da safra de melão e melancia, assim como no período de baixas exportações de manga. Mas há uma boa probabilidade das mesmas ficarem acima do volume registrado em fevereiro do ano passado.

04 fevereiro, 2012

Lucro Acumulado da COSERN nos Últimos 5 Anos Foi de R$ 1,11 Bilhão

A COSERN divulgou ontem seu balanço financeiro referente ao ano de 2011. Sua receita líquida foi de R$ 1,15 bilhão, com um mercado de 1,16 milhão de consumidores (dos quais 1 milhão residenciais). O volume de energia vendida foi 3.943 GWh.

O lucro líquido da empresa em 2011 foi de R$ 232 milhões, aproximadamente 9% a menos do que o lucro registrado em 2010. Se somarmos o lucro líquido da empresa do período de 2007 a 2011 chegaremos ao valor de R$ 1,11 bilhão, para um faturamento líquido acumulado no período de R$ 4,9 bilhões.


A COSERN, privatizada em dezembro de 1997, pertence ao Grupo Neoenergia, que tem como principais controladores: PREVI (fundo de pensão dos funcionários do BB) com 49,01% do capital, a Iberdrola Energia S.A. (grupo espanhol) com 39,00% e o Banco do Brasil com 11,99%.

Fala-se no mercado, porém, que a PREVI e o BB estão prestes a vender a parte deles na Neoenergia para os espanhóis da Iberdorla, que passarão a deter o controle do Grupo e, consequentemente, da COSERN.

A Neoenergia teve uma receita líquida em 2011 aproximadamente R$ 9,77 bilhões e teve um lucro líquido de R$ 1,55 bilhão. O Grupo atua nos segmentos de distribuição, geração, transmissão e comercialização de energia elétrica.

No setor de distribuição o Grupo é dono de três empresas no Nordeste: a COELBA (Bahia), a CELPE (Pernambuco) e a COSERN (Rio Grande do Norte). Entre as três distribuidoras a COSERN é a menor delas. Em 2011, por exemplo, o faturamento líquido da COELBA foi de R$ 4,97 bilhões, da CELPE foi de R$ 2,9 bilhões e da COSERN de R$ 1,15 bilhão.




02 fevereiro, 2012

Depois de 6 Anos Seguidos de Queda, Produção de Petróleo no RN Voltou a Subir em 2011

Em 2011 a produção de petróleo no RN alcançou o volume de 21,4 milhões de barris (equivalente a 58,6 mil barris/dia). Em relação a 2010 ocorreu um pequeno aumento de 3%.

Embora o aumento tenha sido pequeno, o fato chama a atenção porque é o primeiro aumento da produção registrado no estado depois de 6 anos seguidos de queda.

A queda contínua da produção de petróleo no estado pode ser vista claramente no quadro abaixo. Entre 2000 e 2011 o volume produzido recuou em 33%, baixando de 31,8 milhões de barris em 2000 para os 21,4 milhões em 2011. À título de comparação, no mesmo período a produção brasileira aumentou 71%, saindo de 450 milhões de barris em 2000 para 768 milhões em 2011.

No RN o aumento registrado em 2011 foi exclusivamente na porção terrestre da bacia potiguar. A produção de petróleo em terra no estado aumentou de 17,9 milhões de barris em 2010 para 18,6 milhões em 2011. Já na porção marítima da bacia potiguar a produção caiu de 2,9 milhões de barris em 2010 para 2,81 milhões em 2011.

Esse aumento da produção local foi o resultado dos investimentos da Petrobrás na reinjeção de água e vapor em alguns dos principais campos de produção do RN.