Redirecionamento

26 fevereiro, 2011

SÃO LUÍS/MA E NATAL/RN LIDERAM O AUMENTO DA GASOLINA NAS CAPITAIS DO NORDESTE

Uma comparação entre os preços da gasolina nas semanas de de 13 a 19/02 e de 20 a 26/02 revela que apenas três capitais do Nordeste registram aumento no preço dos produtos: São Luís, Natal e João Pessoa. Em todas as demais houve queda de preços, embora apenas queda marginal.

O maior aumento se deu em São Luís, com um aumento de 12% e a gasolina saindo da faixa do R$ 2,45 para R$ 2,75. Esse aumento ocasionou uma reação do Ministério Público de lá e também da ANP. Veja nos links abaixo a repercussão do aumento na imprensa de lá:



Abaixo um gráfico com os preços da gasolina nas últimas duas semanas.


PESQUISA DA ANP CONFIRMA: AS DISTRIBUIDORAS NÃO AUMENTARAM O PREÇO DA GASOLINA EM NATAL. POSTOS AUMENTARAM OS LUCROS

Em todas as entrevistas que dei na semana passada sobre o rumoroso caso do aumento dos preços dos combustíveis em Natal, sempre bati na tecla de que as distribuidoras não tinham realizado qualquer aumento no valor da gasolina que elas entregam aos postos de nossa capital.

Todavia, sempre deixava em aberto a possibilidade de que esse aumento se revelasse nas pesquisas da ANP dessa semana.

Mas não foi isso que ocorreu. Neste sábado saiu os resultados da pesquisa da ANP no período de 20/02 a 26/02/2011.

Os dados estão lá e não deixam dúvidas: não ocorreu aumento da gasolina comprada pelos postos. O aumento que eles deram aos combustíveis representou apenas um aumento em suas margens de lucro.

Observem no gráfico abaixo que somente a curva dos preços aos consumidores sofre uma forte inclinação para cima, isso faz com que a margem dos postos de combustíveis (a diferença entre o preço que eles vendem o produto e o preço que eles compram) passe de R$ 0,426 para R$ 0,484.


Os dados comparativos entre as capitais do Nordeste comprovam o que eu já havia dito nas entrevistas: os postos de Natal compram a segunda gasolina mais barata entre as capitais nordestinas mas vendem a terceira gasolina mais cara.

Somente os postos de João Pessoa compram uma gasolina mais barata que a nossa. Por outro lado, São Luís e Maceió possuem uma gasolina mais cara.

24 fevereiro, 2011

Saiu os dados do CAGED sobre emprego em Janeiro.

Saiu o resultado do mercado formal de trabalho do mês de janeiro. Segundo dados do CAGED o RN registrou a perda de 2.243 postos de trabalho. Tradicionalmente janeiro (assim como dezembro, fevereiro e março) apresentam saldo negativos, puxados pelas demissões na agricultura (fim das contratações do melão e da cana-de-açúcar), nas usinas de açúcar e álcool e nas demissões de temporários do comércio.

Em janeiro os setores da indústria de transformação e da agropecuária foram quem mais demitiram no RN.
Somente os setores de serviços e da construção civil registraram pequenos saldos positivos.


MANGA: Produção e Exportações do RN no Contexto Nacional

Na última terça-feira (21/02) visitei a empresa FINOBRASA, no Vale do Açu, que é a maior produtora e exportadora de manga do RN. Também é uma importante informante do IBGE no estado. Além da manga a Finobrasa (que pertence ao grupo Vicunha) também tem uma área com o cultivo de algodão irrigado. Nesse caso a empresa também é a maior produtora de algodão do estado.

Na fazenda da empresa, sob a orientação e acompanhamento do Engenheiro Agrônomo Evânio Vieira (gerente técnico) visitei as plantações e o Packing House (local onde os frutos são preparados para exportações). Abaixo apresentarei alguns dados sobre o cultivo de manga no estado e algumas fotos da visita.

Em 2010 o RN exportou US$ 8 milhões de frutas frescas, provenientes de um volume exportado de 8,2 mil toneladas. No Brasil o estado ocupou a 3ª posição no ranking de exportações, atrás da Bahia (US$ 62,8 milhões) e Pernambuco (US$ 36,2 milhões). O Brasil exportou no ano passado cerca de US$ 120 milhões de manga.


A Finobrasa responde por aproximadamente 87% das exportações de manga do estado. A manga foi em 2010 o 11º mais importante produto na pauta de exportações do estado e a Finobrasa ocupou a 14ª colocação entre as maiores empresas exportadoras do RN.

As exportações de manga do RN destinam-se principalmente a dois mercados: Holanda (para onde o RN exportou US$ 3,2 milhões em 2010) e os EUA (com exportações no ano passado de US$ 2,7 milhões).

Os principais portos de escoamento do produto em 2010 foram: Natal (US$ 3,9 milhões), Pecém (US$ 3,7 milhões) e Fortaleza (US$ 0,34 milhões). Ocorreram exportações por outras vias.

Os três principais municípios potiguares produtores de manga são: Ipanguaçu, Açu e Carnaubais. Em termos de valor de produção Ipanguaçu ocupa o 12º lugar no ranking nacional de produção de manga, o qual é liderado por Juazeiro/BA e Petrolina/PE. Esses dois municípios formam o mais importante pólo de produção e exportação de manga do Brasil.

Abaixo algumas fotos que tirei na Finobrasa.







20 fevereiro, 2011

Touros/RN - Importante Podutor Nacional de Abacaxi - Assentamentos de Reforma Agrária São os Responsáveis

Aproveitando uma reportagem da Tribuna do Norte sobre a produção de abacaxi nos assentamentos localizados nos municípios de Touros/RN e São Miguel do Gostoso (link aqui), resolvi abrir os dados sobre o produto aqui no estado.

O produto é um dos principais líderes da pauta do estado, com valor anual da produção em 2009 de cerca de R$ 80 milhões, mas com a produção concentrada em 4 município: Touros, Ielmo Marinho, Pureza e São Miguel do Gostos. Juntos esses municípios respondem por aproximadamente 95% da produção do RN.

Nacionalmente, segundo estimativa preliminar para 2010 e 2011, o RN ocupa a 6ª posição no ranking nacional e a segunda no Nordeste (atrás da PB). Em 2009 o RN produziu 120 milhões de frutos, mas as estimativas preliminares para 2010 e 2011 apontam para uma queda para o patamar de 75 a 85 milhões.



Touros/RN, em 2009 (última informação disponível á nível municipal) ocupou a 3ª colocação no ranking dos maiores produtores de abacaxi do país, atrás de Floresta do Araguaia (PA) e de Monte Alegre de Minas (MG). Todavia, com a queda da produção em 2010 e a perspectiva para 2011, é possível que essa posição já tenha sido perdida. Mesmo assim, o município é um dos maiores produtores nacionais de abacaxi.

Não sabemos quanto, mas temos certeza que os assentamentos de reforma agrária na região do Litoral Nordeste do estado (onde estão localizados os municípios de Touros, Pureza e São Miguel do Gostoso) são importantes vetores de disseminação e crescimento da produção de abacaxi no estado.

Quem já andou pela zona rural daquela região, sobretudo nas áreas de assentamentos, vê as plantações de abacaxi alastradas por todos os lados, contribuindo para a geração de riqueza, emprego e renda na região. Ainda não conheço in loco a produção de Ielmo Marinho (que já foi o principal produtor do estado), mas no ano passado eu andei pela zona rural de Touros e São Miguel do Gostoso e fiquei impressionado com a quantidade de  plantações existentes lá.


 

18 fevereiro, 2011

EXPORTAÇÕES POTIGUARES DE CASTANHA-DE-CAJU EM 2010 - US$ 46 MILHÕES

Em 2010 as exportações de castanha-de-caju ocuparam a primeira posição no ranking de produtos exportados pele RN. Foram aproximadamente US$ 46 milhões. Esse foi o maior valor da década.

Ao todo foram exportados cerca de 8,4 mil toneladas do produto, ao preço médio de de US$ 5.447,56 a tonelada.

Desde 2008 que o volume exportado gira em torno de 8,4 mil toneladas/ano. Esse número é inferior ao pico de volume exportado em 2006, quando o total foi de 10,4 mil toneladas.

Na série histórica recente destacamos duas informações: 1) o aumento do volume exportado, que no início da década era de cerca de 6 mil toneladas/ano, subiu para 10,4 mil e depois se estabilizou na casa de 8,4 mil toneladas/ano; 2) o aumento significativo do preço médio do produto, que saltou de 3,23 US$/kg para 5,45 US$/Kg.



17 fevereiro, 2011

MARGEM NA VENDA DE GASOLINA DOS POSTOS DE COMBUSTÍVEL EM NATAL É MAIOR QUE EM JOÃO PESSOA

Uma das minhas  postagens que mais repercutiu foi a que apresentamos os dados da Refinaria Clara Camarão. Um dos temas centrais da discussão foi a questão de se analisar o porque da entrada em opração da refinaria não ter baixado os preços dos combustíveis no estado (veja aqui minha opinião no Portal Mercado Aberto).

Todo mundo sempre compara os preços praticados em Natal com aqueles encontrados na PB, notadamente em João Pessoa, onde o preço da gasolina é inferior ao nosso.

Apresento a seguir uma tabela onde se compara os preços de natal e João Pessoa, segundo dados da ANP. Vê-se claramente que em Natal a gasolina tem um preço superior à da capital paraibana. Percebe-se também que a margem de comercialização dos postos de Natal são superiores ao da capital vizinha.

Aqui o comerciante do posto de combustível tem uma margem de comercialização (diferença entre o preço que ele cobra do consumidor e o preço que ele paga às distribuidoras), de R$ 0,424. Em João Pessoa essa margem é de R$ 0,344. A margem aqui, portanto, é 23% maior que a de lá.

Mesmo proporcionalmente a margem de Natal é superior. O preço a consumidor pago em Natal é 18,81% maior do que o preço pago pelos revendedores aos distribuidores. Em João Pessoa essa diferença é de 15,57%.

Quais as causas dessa diferença? Responda quem souber.




16 fevereiro, 2011

ASCENSÃO E QUEDA DA CARCINICULTURA EXPORTADORA: ATIVIDADE SÓ SOBREVIVE NO RN

O Brasil, e o RN em particular, viu na última década uma atividade exportadora se desenvolver e posteriormente recuar tão acentuadamente quanto foi seu crescimento.

Entre 2001 e 2005 as exportações de camarão brasileiro saem do zero para atingir US$ 150 milhões. Porém, tão vertiginosa quanto foi a subida também foi a sua derrocada. Em 2010 essas exportações tinham voltado praticamente ao zero novamente, totalizando apenas US$ 6,6 milhões.

O RN foi um dos principais protagonistas dessa saga. Juntamente com o Ceará, que chegou a nos ultrapassar no auge do período exportador, o RN exportou nos anos de 2004 e 2005 quase US$ 50  milhões anualmente. O produto chegou a ultrapassar nossas tradicionais exportações de melão e castanha de caju.

Mas depois a queda foi vertiginosa, tanto aqui como nos demais estados. Aliás, lá fora foi mais dramática ainda, pois em 2010 somente o RN registrou exportações de camarão.

Acredito, porém, que aqui também essas exportações possam desaparecer da nossa pauta.

Como causa principal para essa ascensão e queda espetacular podemos apontar o desempenho do câmbio no período. Na fase de ascenção do ciclo o câmbio brasileiro estava ao redor de R$ 3,00 por dolar. Atualmente patina na casa de R$ 1,60 a R$ 1,70. Nesse patamar é impossível ao setor sobreviver com a produção voltada às exportações.



Assim, aquilo que os ambientalistas queriam (um freio ou o veto) ao setor, foi obtido pela força poderosa do câmbio. Com um câmbio na faixa de R$ 3,00 qualquer aventureiro conseguia produzir e exportar camarão (desde que encontrasse uma área para instalar o viveiro). Com o câmbio atual nem os melhores profissionais e as melhores empresas sobrevivem. Que o digam o significativo número de fazendas de carcinicultura que fecharam as portas. Outras se voltaram para o mercado interno, mas esse não comporta o volume de produção que tínhamos anteriormente. Não ao preço de venda do produto.

15 fevereiro, 2011

PROBLEMAS NA TIM DO RN: CRESCIMENTO ACIMA DA CAPACIDADE DA EMPRESA

Desde meados de janeiro que a empresa de telefonia celular TIM foi proibida pela justiça federal de vender novas linhas no RN. Ontem, segundo notícias dos jornais locais (Tribuna do Norte e Diário de Natal), a empresa apresentou ao juiz que determinou a paralisação das vendas um plano de investimentos que contempla recursos da ordem de R$ 30 milhões a serem aplicados no estado em 2011.

A empresa não reconhece as causas dos problemas, mas uma olhada rápida nos números dos últimos 18 meses dão uma ideia aproximada de que o que ocorreu foi uma elevação da demanda  a uma taxa que excedeu á capacidade da empresa de atendimento.

Tudo começou quando a empresa lançou, salvo engano em julho de 2009, os plano Infinity (pelo qual o consumidor paga apenas R$ 0,25 por chamada) e o Liberty (plano pós pago onde o assinante paga um valor mensal e liga para celulares TIM de qualquer parte do país sem a tarifação por minuto).

Esses dois plano fizeram explodir as vendas de celulares TIM no estado, bem como levaram a operadora à lideraça nas ligações de longa distância do RN (bem como do país e de praticamente todos os estado, sobretudo no Norte e Nordeste).

Para se ter uma ideia, apresentamos o gráfico abaixo que retrata a participação relativa das três principais operadoras no RN nas ligações de longa distância.

Antes dos planos citados acima (jun/2009) a TIM possuía apenas 10% do mercado de ligações de longa distância do RN. A liderança era da Telemar, com 53% do mercado. Somente 6 meses depois a liderança já havia sido assumido pela TIM, que passava a deter 52% de participação. Em meados de 2010 (último número disponível pela ANATEL), a liderança da TIM já alcançava 67% do mercado. Ou seja, em junho de 2010 de cada 3 minutos de ligações DDD oriundas do RN, 2 eram feitas em aparelhos da TIM.


Uma outra série de indicadores também dão conta de como esses dois planos congestionaram as linhas da empresa. Entre julho de 2009 e dezembro de 2010 a empresa vendeu no RN 381 mil novas linhas de celulares, cerca de 46% de todos as novas linhas vendidas no estado no mesmo período. Alem disso essas novas linhas representaram um aumento de 45% sobre as bases de linhas da empresa até então.

Nacionalmente a TIM também passou a liderar os minutos tarifados de longa distância. O crescimento nacional foi impressionante. Segundos dados da ANATEL, em junho de 2009 a TIM respondia por pouco mais de 100 milhões de minutos tarifados no tráfego de longa distância nacional. Em junho de 2010 (último número disponível) esse número havia subido para 1,4 bilhão e a empresa havia assumido a liderança.

Por tudo isso, não há dúvida que foram esses dois planos que ocasionaram um crescimento exponencial no tráfego de voz da empresa, superando a capacidade da mesma de atender satisfatoriamente seus clientes. Na minha casa somos clientes da TIM e também sofremos com o serviço prestado, principalmente quando viajamos para o interior. Em Pau dos Ferros, minha cidade Natal e para onde viajo com relativa frequência, nossos aparelhos praticamente não funcionam.

13 fevereiro, 2011

Aquecimento da Construção Civil no RN Leva Setor a Importar Cimento

Pesquisando os dados da balança comercial do RN agora em janeiro de 2011 um dado me surpreendeu: a importação de 5.000 toneladas de cimento. Fiz uma breve pesquisa nos números de 2010 e descobri que em dezembro o estado havia importado outras 5.000 toneladas do produto.

Essas 10 mil toneladas de cimento importadas pelo RN nos últimos 2 meses se deve, de um lado, a um forte aumento da demanda que vem ocorrendo no estado e, muito provavelmente, aos efeitos do câmbio valorizado.

Os dados abaixo demonstram que nos 10 primeiros meses de 2010 (o setor ainda não fechou os números totais do ano passado) o RN consumiu praticamente 700 mil toneladas de cimento, contra um consumo no mesmo período de 2009 de 564 mil toneladas. Portanto, um aumento de 24% sobre os 10 primeiros meses de 2009.

Somente entre janeiro e outrubro de 2010 o consumo de cimento no estado foi superior a todo o ano de 2009. Projeto que em 2010 iremos consumir no RN cerca de 850 mil toneladas.


Informações do Ministério do Desenvolvimento dão conta que essas 10.000 toneladas de cimento importadas nos meses de dezembro e janeiro últimos foram oriundas do Vietnã e custaram cerca de US$ 684,4 mil.


12 fevereiro, 2011

Refinaria Clara Camarão - em Guamaré - Já Produz Cerca de 23,3 Mil M³/Mês de Gasolina: 70% do Consumo Estadual

A Refinaria Clara Camarão (em Guamaré), louvadas por alguns e criticadas por outros, processou em 2010 cerca de 4,85 milhões de barris de petróleo. Como a produção de petróleo no estado no ano passado foi de 20,78 milhões de barris, significa dizer que 23,4%¨do petróleo, produzido pelo RN em 2010 foi processado em sua refinaria. Todavia, como essa refinaria ainda está em início de produção da sua planta de gasolina, o processamento de petróleo vem aumentando ao longo dos meses.

Em dezembro de 2010 a Clara Camarão processou 550,5 mil barris de petróleo, ou 28% do petróleo produzido naquele mês no RN. O gráfico abaixo mostra nitidamente que nos últimos meses, com a transformação do Pólo de Guamaré em uma refinaria (com a saída do mesmo da Diretoria de Exploração e Produção da Petrobras para a Diretoria de Abastecimento), vem ocorrendo um aumento progressivo no percentual de petróleo processado.


Além do GLP, em Guamaré também se produz óleo diesel, querosene de aviação e desde setembro de 2010 também a gasolina automotiva.

A produção de diesel no estado, desde o início de 2010, gira em torno de 50 mil m³/mês. Esse é um volume de produção superior em cerca de 25% àquele que vinha sendo produzido até meados de 2009, quando a produção mensal em Guamaré girava em torno de 40 mil³/mês.

A produção de diesel no RN já era suficiente para atender a demanda local, que gira em torno de 35 mil³/mês. Mas com a criação da Refinaria Clara Camarão ocorreu nitidamente uma expansão da produção local e aumentou o saldo do produto produzido no estado. Esse saldo vem sendo comercializado sobretudo no interior do Ceará e da Paraíba.



O querosene de aviação, por sua vez, produzido para atender principalmente à demanda do Aeroporto Augusto Severo, também registrou aumento de produção recentemente. Até fins de 2009 a produção em Guamaré ficava em torno de 7 mil³/mês. Em 2010 essa produção girou ao redor de 11 mil a 11,5 mil m³/mês. Atualmente a produção de querosene de aviação no estado é mais do que suficiente para atender o mercado local (embora não tenha sido em novembro de 2011 por força do forte aumento da demanda). Apesar dos dados de distribuição de 2010 ainda não estarem fechados, nos últimos 12 meses encerrados em novembro de 2010 a produção de querosene de aviação no RN foi de 117 mil m³ enquanto o consumo ficou em 108 mil m³.



O mais recente item que entrou na pauta de produção de Guamaré é a Gasolina tipo A (gasolina de refinaria que sai sem a adição do álcool). Nos últimos quatro meses de 2010 foram produzidos na Refinaria Clara Camarão cerca de 78 mil m³ do produto, sendo que a maior produção foi no mês de dezembro com 23,3 mil m³. Essa produção representa aproximadamente 70% do consumo de gasolina no estado, que gira em torno de 33 mil a 34 mil m³/mês. Todavia, esse consumo se refere à gasolina tipo C, que vem com a adição de álcool. Assim, para atender ao mercado local a produção de gasolina tipo A não precisa chegar aos 34 mil m³/mês, basta ficar aí ao redor 28 mil para atender á demanda do estado, uma vez que a complementação se dará com a adição do álcool.


A ampliação de alguns derivados de petróleo (diesel e QAV) e a entrada em operação de novos produtos (gasolina) implicam em um maior nível de processamento do petróleo produzido localmente, com agregação de valor ao produto e impactos na geração de riqueza, aumento do PIB, aumento do emprego e maior geração de impostos para os governos estaduais e municipais.

11 fevereiro, 2011

ENTRE 2003 E 2010 O SALÁRIO/HORA DO SERVENTE DE PEDREIRO AUMENTOU 164,21% NO RN CONTRA UMA INFLAÇÃO NO PERÍODO DE 57%

Com o recente boom da construção civil vivido pelo país, animado pela elevação do emprego, aumento da renda, diminuição dos juros, expansão do crédito imobiliário e instituição de subsídios às moradias populares (Programa Minha Casa, Minha Vida), e seus efeitos aqui no RN, uma das categorias mais beneficiadas foi a de servente de pedreiro.

Esse benefício aparece não só no expressivo número de vagas abertas no mercado de trabalho anualmente, mas também na valorização salarial da categoria.

Essa valorização salarial fica bastante clara quando acompanhamos a evolução do salário mediano dos serventes de pedreiro aqui no RN entre dezembro de 2002 e dezembro de 2010, segundo os dados do SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil), pesquisa realizada pelo IBGE em convênio com a Caixa Econômica Federal.

Segundo os dados dessa pesquisa, nos últimos 8 anos os salário mediano dos serventes de pedreiro aqui no RN subiram 164,21%, contra uma inflação no mesmo período de 57,04% (medida pelo INPC). Portanto, ocorreu um aumento real de salário de 68,5% para a categoria nesse período.

Em termos de valor do salário mediano (salário mediano: metade dos serventes ganha menos que esse valor e metade ganha mais), em dezembro de 2002 o mesmo era de R$ 0,95 o salário/hora aqui no RN. Em dezembro de 2010 o salário/hora mediano do servente de pedreiro no estado havia subido para R$ 2,51. Caso tivesse ocorrido aumento apenas proporcional á inflação do período esse mesmo salário deveria ser de R$ 1,49.

Dentre as categorias de trabalhadores de nível básico e intermediário da construção civil, o salário do servente de pedreiro foi aquele que mais aumentou no estado. O mestre-de-obras, por exemplo, entre 2003 e 2010 teve um aumento de apenas 26,77%. Portanto, essa categoria registrou perdas inflacionárias no período. Em dezembro de 2010 o salário/hora mediano do mestre de obras era de R$ 5,73.

Para as demais categorias de trabalhadores da construção civil (armador, bombeiro hidráulico, carpinteiro de esquadrias, eletricista, ladrilheiro, pedreiro e pintor), cujo salário/hora mediano em dezembro de 2010 no RN era de R$ 3,19, o aumento acumulado no período 2002-2010 foi de 109,87%, também com ganhos superiores ao da inflação.


10 fevereiro, 2011

2011 COMEÇA COM BOAS EXPECTATIVAS PARA A AGRICULTURA DO RN

Depois de um 2010 de forte retração na produção agrícola do estado por força do volume muito baixo de chuvas, 2011 começou animador para os agricultores. Essa animação, pode ser medida não só pelas chuvas que tem caído no sertão, mas também pelo levantamanto da previsão de safras feito pelo IBGE para janeiro.

Em termos de área colhida, depois de encerrar 2010 com pouco menos de 300 mil hectares no estado, a previsão dos agricultores é que esse número salte para 400 mil em 2011.

As maiores variações esperadas na área colhida são nas culturas de milho (aumento de 57,5 mil hectares) e feijão (com aumento de 44,2 mil hectares). Foram justamente essas duas culturas as que mais sofreram com a seca do ano passado.



Em termos de produção os agricultores potiguares esperam um crescimento para quase todos os produtos, excessão para a cana-de-açúcar, abacaxi e coco.


É importante destacar, porém, que estamos falando, nesse momento, apenas de expectativas dos agricultores, pois o período de plantio no estado para a safra de 2011 ainda não se iniciou nem estamos com a definição do que vai acontecer com o volume de chuvas.

Portanto, é importante acompanhar mensalmente o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) aqui do RN para verificarmos se essas expectativas iniciais se concretizam ou não. O LSPA do RN tem os dados de campo levantados pelo IBGE e são aprovados pelo Grupo de Coordenação das Estatísticas Agropecuárias (GCEA) que se reúne mensalmente e é composto pelo IBGE e por vários outros órgãos com atuação na agricultura estadual (Ex.: EMATER, Ministério da Agricultura, CONAB, Secretaria Estadual de Agricultura, BNB, BB, INCRA...).

Atualmente eu estou na Presidência do GCEA do estado em função do cargo que exerço no IBGE.

TV POR ASSINATURA: QUASE 100 MIL ASSINANTES NO RN

Dados da Anatel dão conta que o mercado de TV por assinatura do RN atinge o número de quase 100 mil assinantes. Mais precisamente em dezembro de 2010 havia no estado  98.813 assinantes de TV.
Esse número coloca o RN em quarta posição no cenário nordestino, atrás dos estados da BA, CE e PE.

Entre 2009 e 2010 o mercado de Tv por assinatura no RN cresceu 34%, quando saltou de 73.924 em dezembro de 2009 para 98.813 em dezembro de 2008.

Nitidamente ocorreu uma aceleração no número de assinaturas mensais entre os meses de 2009 e 2010. Em 2009 ocorreu uma média de 838  novas assinaturas por mês, já em 2010 esse média mensal subiu para 2.074.



09 fevereiro, 2011

PRODUÇÃO DE PETRÓLEO NO RN CONTINUA EM QUEDA, MAS APRESENTOU SINAIS DE RECUPERAÇÃO

A produção de petróleo no RN em 2010 totalizou 20.782.490 barris de petróleo. Esse volume foi 2,5% inferior ao que foi produzido em 2009 e 35% menos do que a produção de 2000.
Ao longo da década o estado vem apresentando uma progressiva queda nessa produção, conforme deixa claro a gráfico abaixo. Como razão principal para essa queda está o fato de que nossos campos de produção já estão maduros e que, portanto, vem perdendo capacidade de geração de petróleo em volume crescente ou mesmo constante.

Uma avaliação mensal dos dados demonstra, porém, que no último quadrimestre de 2010 o volume de petróleo extraído nos campos potiguares foi superior ao do mesmo período de 2009. No último quadrimestre de 2009 foi produzido no estado cerca de 6,91 milhões de barris de petróleo, já no último quadrimestre de 2010 o velume foi de 7,13 milhões, pequeno aumento de 2,61%.
Os investimentos da petróbras na injeção de água e vapor nos campos terrestres do estado provavelmente é uma das razões para o aumento desse nível de produção. Todavia, é importante lembrar que a empresa vem adiando sistematicamente o prazo que ela anuncia para um aumento mais consistente do volume de produção local.
Lembro que há algum tempo ela falava que a produção iria em breve voltar ao patamar de 100 a 110 mil barris/dia (em 2010 ficou abaixo de 60 mil). Mas ultimamente ela vem abandonando essa previsão e refazendo para baixo esses dados. Hoje eu tenho dúvidas quanto à possibilidade de uma retomada consistente no volume de produção local de petróleo.


A crise da indústria de petróleo e gás no estado trás impactos significativos para a economia potiguar. Dentre esses impactos podemos citar: 1) redução do ritmo de crescimento da economia. Com a queda do volume de petróleo produzido no estado ao longo da década isso já pode ser sentido no crescimento do PIB do RN, que já não cresce mais em ritmo maior que o Nordeste; 2) redução do volume de royaltes pagos ao governo do estado, prefeituras e proprietários rurais. Isso também já vem sendo sentido, sobretudo por aquelas prefeituras onde o município é um grande produtor de petróleo. Esse impacto só não foi maior para o poder público em função do aumento do preço do barril, que serviu para compensar a queda da produção ou para amenizar seu impacto; 3) na geração de emprego e renda nas atividades diretas de produção de petróleo e nos serviços correlacionados; 4) nas atividades científdicas do estado: devemos lembrar que os investimentos da Petrobras e da ANP na UFRN foram significativos, construíndo importantes laboratórios e investindo pesado na formação de mão-de-obra qualificada; 5) no risco da empresa deixar de produzir no estado, conforme até mesmo já foi proposto pelo deputado federal Betinho Rosado (DEM) em projeto vetado pelo Presidente Lula.

Destacamos ainda que dos de 20,8 milhões de barris de petróleo produzidos no RN, 86% foi oriundo de campos terrestres e os demais de campos localizados no mar.

Apesar da produção de petróleo no RN ser importante para a economia local, no cenário nacional a produção de petróleo no  estado é equivalente a apenas 3% da produção nacional, a qual é liderada pelo RJ que é repsonsável por 79%. No cenário nacional o RN ocupa a terceira posição entre as Unidades da Federação, perdendo para o RJ e o ES.



Apesar de continuar líder na produção nacional de petróleo em terra, com o atual ritmo de queda da produção no estado essa liderança está ameaçada e pode ser perdida nos próximos anos se a nossa curva de produção não for revertida.

07 fevereiro, 2011

RN PERDE POSIÇÃO NO RANKING DE VENDAS DE VEÍCULOS ENTRE OS ESTADOS DO NORDESTE.

Apesar de ter crescido 142% as vendas de veículos novos no RN entre 2002 e 2010, esse ritmo de crescimento foi inferior ao apresentado pela região Nordeste (que cresceu 211,45%) e o mais baixo ritmo de crescimento entre todos os estados da região.


Mais revelador ainda é que em 2002 o RN foi o 4º maior mercado de vendas de veículos novos na região, perdendo apenas para BA, PE e CE. Em 2010, porém, o estado caiu para a 7ª posição, sendo ultrapassado pelos estados MA, PB e PI.



Desde 2006 que o MA nos ultrapassou, em 2008 fomos ultrapassados pela PB e em 2009 pelo PI. No caso do Piauí, porém, a ultrapassagem ocorreu apenas no mercado de motos (lembro que o total de veículos vendidos inclui motos, autos, comerciais leves, caminhões e ônibus). No mercado de autos o RN ainda vende mais do que o Piauí, mas já foi ultrapassado pelo MA e pela PB.

Esse ritmo mais lento de crescimento das vendas de veículos novos no estado revela, de forma indireta, que nossa economia vem crescendo em um ritmo mais lento que a média do Nordeste e do que a destes estados. Outras estatísticas também confirmam essas informações. Em outro momento retornarei ao assunto.



RN: Em 2010 foram vendidos no estado aproximadamente 75 mil veículos novos

Em 2010 , segundo dados da FENABRAVE, foram vendidos no RN 74.812 veículos novos, sendo que destes 37.190 (49,71%) eram motos. Em relação a 2009 ocorreu um aumento no número de veículos vendidos de 17,24%.

O ano passado marcou para o estado o record histórico na venda de veículos, depois que 2009 registrou uma leve queda em relação a 2008.

Entre 2005 e 2010 o mercado de veículos novos no estado (que inclui a venda de autos, comerciais leves, caminhões, ônibus e motos) mais do que dobrou, saltando de um total de 29,4 mil veículos vendidos em 2005 para praticamente 75 mil em 2010.

O aumento do emprego formal, da renda das famílias, a elevação de crédito, a redução das taxas de juros e o aumento dos prazos de financiamento estão no centro dos determinantes desse forte crescimento na venda de veículos novos no estado. A desoneração tributária do setor que foi adotada para o enfrentamento de crise financiera mundial que se instala em fins de 2008 também contribuiu para esse aumento das vendas.

Esse aliás, foi um fenômeno nacional e não apenas restrito ao RN. Entre 2002 e 2009, por exemplo, o Brasil deixou de ocupar a 10ª posição no ranking mundial de venda de autos e comereciais leves para ocupár o 5º lugar nesse mesmo ranking, atrás apenas dos EUA (1º), China (2º), Japão (3º) e Alemanha (4º).



A abertura desses dados por montadoras revela que, desde 2004, a liderança no mercado local é exercida pela FIAT sistematicamente. A GM e a Volkswagen disputam a segunda posição e a Ford aparece como a quarta colocada.

A disputa entre a GM e a VW no estado vem apresentando um movimento interessante. Depois de ocupar a primeira colocação no mercado local de veículos novos, a GM passa a perder participação progressivamente até 2008, quando se estabiliza na casa 19 a 20% do mercado. Por outro lado a VW apresenta um crescimento constante entre 2005 e 2009, voltando a cair em 2010. Nesse aumento de vendas da VW ela chegou a ultrapassar as vendas da GM nos anos de 2008 e 2009.

Apenas para ilustração, os principais modelos dessas quatro montadoras são: FIAT (Uno, Fiesta e o Pálio); GENERAL MOTORS (Corsa Sedam, Celta, Agile); VOLKSWAGEN (Gol, Fox/Cross Fox, Voyage); FORD (Fieta, KA, Ecosport).


É interessante observar como a partir de 2009 vem aumentando o peso das vendas de outras montadoras fora da lista das 4 grandes. Assim, em 2007 as outras montadoras respondiam por 15% das vendas de veículos novos no estado, saltando para 25% em 2010.

Entre essas outras montadoras em 2010 a liderança foi da Toyota (4,67% com modelos como o Corolla e a Hilux), seguida da Renault (3,88% com veículos como Sandero e o Clio) e Kia (a coreana teve 2,65% do mercado local com modelos como Cerato e Picanto).

05 fevereiro, 2011

RN: Famílias do RN gastam anualmente com bebidas alcóolicas cerca de R$ 125 milhões

A abertura dos dados por ítem de despesas revela o padrão de consumo das famílias. Por exemplo, o consumo de carne de frango no estado, segundo a POF 2008/2009, era de aproximadamente R$ 248 milhões. Carne bovina de primeira era de R$ 135,5 milhões e carne bovina de segunda R$ 114,7 milhões. A carne suína, por sua vez, tem um mercado anual de apenas R$ 14 milhões.

As despesas com a alimentação mais básica (feijão + arroz + macarrão) totalizam R$ 307 milhões. Sendo feijão R$ 141,5 milhões, arroz 96,9 milhões e macarrão R$ 68,9 milhões.

As famílias do RN gastam no domicílio cerca de R$ 30 milhões com cervejas e chopes.

Esses números são mostrados no gráfico logo abaixo, que retrata as despesas com alguns ítens da alimentação e que são efetuadas no domicílio.



Dos cerca de R$ 780 milhões gastos com alimentação fora do domicílio pelas famílias potiguares, a maior parcela (56%) é feita com almoço e jantares (provavelmente associado ao trabalhadores que fazem sua refeição na "rua").

Despesas com cerveja, chopes e outras bebidas alcóolicas fora do lar alcança o valor de R$ 75,6 milhões.


Um dado curioso é o montante de recursos destinados ao conumo de bebidas alcóolicas no estado. Se somarmos as despesas efetuadas no domicílio e fora do domicílio com esse ítem, chegamos ao valor aproximado de R$ 125 milhões, conforme podemos ver no gráfico seguinte.



RN: Famílias que ganham até 2 salários mínimos destinam 33% de suas despesas para alimentação. Famílias que ganham mais de 25 salários mínimos destinam apenas 11%

Em posts abaixo mostramos que as despesas anuais das famílias do RN com alimentação, segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008/2009 (POF), chegava a R$ 4 bilhões, o equivalente a 22,33% das despesas totais das famílias potiguares.

Quando abrimos essas informações por local dos gastos com alimentação, se dentro ou fora do domicílio, verificamos que aproximadamente R$ 3,2 bilhões são gastos no domicílio e R$ 0,8 bilhão fora do domicílio.

Todavia, quanto maior a renda familiar maior tende a serm também, as despesas com alimentação fora do lar.

Assim, por exemplo, enquanto as famílias com renda de até 3 salários mínimos na data da pesquisa (renda mensal de até R$ 1.245, pois o S.M. da época era de R$ 415) destinavam apenas 12% de suas despesas com alimentação para compras fora do domicílio, famílias com renda superior a 25 S.M. efetuavam 40% de suas despesas com alimentação fora do lar.



Um extremamente relevante é aquele que mostra quanto por cento das despesas familiares são efetuadas com alimentação. O gráfico abaixo demonstra que as famílias de renda mais baixa destinam 33% de seus gastos para suprirem suas necessidades de alimentação. Nas famílias no topo da pirâmide social essas despesas são de apenas 11%.

Em momentos como o atual, onde vivemos uma forte elevação no preços dos alimentos (posteriormente farei um post sobre o assunto), o peso da elevação desses preços tem um impacto de corrosão muito maior entre a população de baixa renda do que entre os mais abastados.




04 fevereiro, 2011

RN: Despesas Anuais com Perfume, Cabeleireiro, Manicuro e Pedicuro Somam R$ 402 milhões

Pode parecer incrível, mas se somarmos o que as famílias do RN gastam anualmente com Perfume, Cabeleireiro e Manicuro e Pedicuro totalizam R$ 402 milhões. Isso é somente um pouco menos do que os R$ 407 milhões gastos anualmente com educação.

As despesas anuais com higiene e cuidados pessoais totalizam R$ 511 milhões, sendo perfume (R$ 264 milhões) e instrumentos e produtos de uso pessoal R$ 184 milhões) os dois principais itens.

Já com os serviços pessoais, as despesas anuais das famílias do RN totalizam R$ 161 milhões, sendo as despesas com cabeleireiro (R$ 111 milhões) e com Manicuro e Pedicuro (R$ 17 milhões) os dois itens principais.

As despesas com vestuário, por sua vez, somam anualmente o valor aproximado de R$ 935 milhões, onde R$ 321 milhões destinam-se à aquisição de roupas para mulheres.
Portanto, grosso modo podemos dizer que o mercado de beleza e moda no RN é de aproximadamente R$ 1,34 bilhão anualmente.
Todas essas informações foram coletadas pela Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008/2009 do IBGE e podem ser cruzadas com inúmeras outras informações. Por exemplo, é possível desagregar essas despesas relatadas nesse post por faixa de renda das famílias.
Amanhã colocarei outros detalhes da POF-RN, abrindo os dados sobre alimentação, com destaque para alimentação fora do lar e detalhando segundo o nível de renda familiar,



RN: DESPESAS ANUAIS DAS FAMÍLIAS É DE APROXIMADAMENTE R$ 18 BILHÕES

Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009, do IBGE, o consumo total das famílias, englobando tanto as despesas monetárias quanto não monetárias, é de aproximadamente R4 18 bilhões. As famílias com rendimento mensal acima de R$ 1.245 e até R$ 2.490 respondem pelo maior volume de despesas anuais (cerca de R$ 4,1 bilhões), seguido das famílias com renda maior que R$ 2.490 até R$ 4.150 (R$ 4,96 bilhões). O grupo de família com rendimento acima de R$ 10.375 responde por uma demanda de R$ 1,68 bilhão.
Essa distribuição do potencial de consumo das famílias do RN pode servir de orientação para as empresas, na medida em que dimensionam o tamanho do mercado consumidor para determinadas faixas de renda. Com outras informações da POF é possível, também, chegar a um nível de detalhamento significativo como veremos em outros post.



Quando desagregamos essas despesas por grupos de despesas, vemos que os itens habitação, alimentação e transportes constituem os principais tipos de despesas das famílias do RN.Vemos também que itens como vestuário (com despesas anuais de R$ 935 milhões), higiene e cuidados pessoas (R$ 511 milhões), serviços pessoais (R$ 161 milhões) e fumo (R$ 100 milhões) também são itens importantes.


03 fevereiro, 2011

RN: Crédito Rural em 2010 foi de R$ 263 Milhões

Em 2010 o setor agrícola do RN, segundo dados do Banco Central, recebeu R$ 263 milhões em crédito rural. Dos quais, R$ 186 milhões destinados à pecuária e os demais R$ 77 milhões às atividades agrícolas.

Quando comparado a 2009 ocorreu um aumento de apenas 2,35% no volume de crédito rural concedido no RN em 2010. Todavia, em comparação a 2006, pico da séria, ocorreu uma retração nominal (não se levando em consideração os efeitos inflacionários) de 34%.

Nos anos recentes percebe-se nitidamente no estado um duplo movimento: 1) forte crescimento de 2001 a 2006. Em 2000 o valor nominal do crédito rural no RN foi de apenas R$ 37 milhões, saltando para R$ 400 milhões em 2006 (crescimento de praticamente 1000%); 2) declínio do volume de crédito entre 2006 e 2009 com estabilização em 2010.

Em 1999 cerca de 37% do crédito rural do estado tinha como destino às atividades pecuárias, em 2010 essa participação havia subido para 70%.

Dos cerca de R$ 263 milhões de crédito rural concedido no Rn em 2010, aproximadamente R$ 74 milhões veio do PRONAF, destinado à agricultura familiar.

Em 1999 o crédito destinado exclusivamente à agricultura familiar respondia por cerca de 20% do toral de crédito no estado. Em 2010 essa parcela havia subido para 28%.




Em 2010 do crédito rural concedido no estado, o custeio recebeu cerca de R$ 136 milhões, os investimentos R$ 120 milhões e a comercialização apenas R$ 7 milhões.

Em termos de evolução o grande crescimento que ocorreu no período 2002-2006 foi principalmente destinado aos investimentos e, em segundo lugar, ao custeio. Desde 2003 que o crédito de comercialização vem declinando.

A queda recente registrada no volume de crédito rural no estado ocorreu, sobretudo, em função da redução do colume destinado aos investimentos.

Podemos concluir que, na última década ocorreu um forte aumento do crédito no estado, com elevação do peso (e importância) do crédito destinado à agricultura familiar, à pecuária e aos investimentos rurais.

Mais recentemente tem ocorrido uma redução no volume de crédito rural do estado em função principalmente da queda do recursos dirigidos para investimentos.






RN: VENDAS DE CELULARES EM 2010

Em 2010 foram vendidas no RN 578.520 novas linhas de celulares. Destas, 521.218 eram linhas pré-pagas e 57.302 de linhas pós-pagas.

Somente em dezembro do ano passado foram vendidas no estado 76.036 linhas, das quais 69.791 de celulares pré e 6.245 de celulares pós.






Em termos de números de linhas, o RN encerrou 2010 com um total 3.270.160 linhas (maior que o número de habitantes). Desse total 2.895.743 são linhas pré-pagas e 374.417 são pós.








O mercado de celulares no RN é liderado pela TIM, que em dezembro possuía 1,22 milhão de linhas, seguida da claro com 1,01 milhão, depois pela OI com aproximadamente 908 mil linhas e, por fim, a Vivo (última a chegar ao estado) com 125 mil linhas de celular. Interessante registrar que em até abril de 2009 o mercado local era liderado pela OI.





Em 2010 a TIM vendeu no RN aproximadamente 248 mil novas linhas, a Claro vendeu cerca de 170 mil, a OI 109 mil e a Vivo aproximadamente 50 mil.