Redirecionamento

29 abril, 2012

Região Metropolitana de Natal: 900 Mil Deslocamentos Diários Para Trabalho e/ou Escola

O censo demográfico de 2010 fez uma levantamento dos deslocamentos diários das pessoas para trabalho e estudo. Além de levantar o tempo habitual desses deslocamentos, o IBGE investigou também a ocorrência de movimentos diários de trabalho e estudo entre diferentes municípios. 

Com o crescente fenômeno da metropolização, os deslocamento entre municípios para trabalhar e/ou estudar e o tempo desses deslocamentos ganham cada vez mais importância no cotidiano das pessoas e na definição de políticas públicas, sobretudo na questão da mobilidade urbana e na questão do transporte público.

Esse fenômeno também está presente no RN através da crescente conurbação no entorno da capital potiguar, sobretudo entre os municípios de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante (SGA) e Macaíba.

Na Região Metropolitana de Natal (RMN) os deslocamentos diários para trabalho e/ou estudo envolve um total de 908,5 mil pessoas (eventualmente uma pessoa pode se deslocar para trabalhar e também para estudar, nesse caso nessa nossa tabela ele está sendo contado duas vezes).

Desses deslocamentos, 460 mil são para o trabalho e outros 448 mil para estudo. Em termos de movimento pendular diário entre municípios, diariamente ocorrem na RMN 146 mil movimentos, sendo 102 mil para trabalho e 44 mil para estudos.

Parte considerável dos movimentos para trabalho e estudo na RMN se concentra nos três maiores municípios da Região: Natal, Parnamirim e são Gonçalo do Amarante.

Para efeito dessa tabela consideramos como deslocamentos para trabalho no município o número de pessoas que exerciam alguma ocupação fora do seu domicílio mas no município em que residia.


Uma abertura dessas dados demonstra que, no que diz respeito ao deslocamento para o trabalho, os dados mais expressivos aparecem em São Gonçalo do Amarante. Naquele município mais de 50% das pessoas ocupadas exerciam suas atividades em outro município. Em Extremoz e Parnamirim deslocamento para o trabalho em outro município atingiam mais de 40% da população ocupada.

No caso de deslocamento para estudo a situação mais acentuada é em Parnamirim, onde aproximadamente 30% dos seus estudantes estudam em outro município.


Em termos de duração dos deslocamentos cerca de 40% dos trabalhadores da RMN levam mais de meia hora no trajeto diário de casa para o trabalho. 

Em Extremoz 11% dos trabalhadores levam  mais de uma hora para se deslocar para o trabalho, em Ceará-Mirim 9,37% e em São Gonçalo do Amarante 9,33%. Se considerarmos a ida e a volta dessas pessoas, podemos concluir que nesses municípios cerca de 10% dos trabalhadores perdem duas horas diárias apenas nos seus trajetos casa-trabalho-casa.

Em SGA aproximadamente 50% dos deslocamentos diários para o trabalho duram mais de meia hora. Em Natal esse número é de 41% , em Parnamirim 36% e em Ceará-Mirim 33%.



Todos esses dados, sobretudo a informação de que diariamente ocorrem 750 mil deslocamentos para trabalho e escola somente nos municípios de Natal, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante; que desses 750 mil deslocamentos nessas três cidades, 111 mil acontecem para outros municípios, reforça a importância da discussão da gestão metropolitana, da mobilidade urbana e da questão do transporte público.

Essas questões dizem respeito direto à qualidade de vida dos cidadãos que residem nesses municípios. Apenas à título de ilustração, diariamente na RMN cerca de 36 mil trabalhadores demoram mais de uma hora para fazerem seus trajetos de casa para o trabalho. São no mínimo 2 horas diárias que eles desperdiçam no trânsito.

Esse é um problema que se tornará, com o passar do tempo, cada vez mais presente na nossa vida cotidiana. 

28 abril, 2012

Transformações nas Famílias/Domicílios do RN nas Últimas Décadas

As estatísticas do IBGE, sobretudo aquelas levantadas decenalmente durante as operações censitárias, quando colocadas em um painel de longo prazo dão um panorama fiel das transformações vividas pelas  famílias e domicílios brasileiros.

Esse post procurada abordar algumas dessas transformações ocorridas no RN, que no geral acompanham as tendências nacionais.

A primeira modificação mais significativa que vejo é a brutal queda da fecundidade feminina. Há 40 anos atrás, quando o IBGE realizou o censo demográfico de 1970, as mulheres do RN tinham, em média, 8,44 filhos durante a sua vida reprodutiva. Esse indicador teve uma queda de 76% ao longo dessas 4 décadas e em 2010 a taxa de fecundidade das mulheres do estado havia regredido para 1,99. 



Esse novo número é paradigmático porque as mulheres do RN, assim como as brasileiras, já estão gerando filhos em um ritmo insuficiente para a reposição demográfica. Para que a população de um determinado território registre crescimento (excluído o fenômeno da migração), é preciso que as mulheres gerem mais 2 filhos em média durante seu período reprodutivo. Isso porque, no longo prazo, com a morte do casal que gerou os filhos, os números dos que nasceram mais do que compensa a população perdida com a morte do casal. Quando esse número de filhos, porém, desce a uma nível abaixo de 2 por mulheres, a morte do casal deixará menos indivíduos e a população entrará em declínio.

Portanto, no período provavelmente de uma geração, a população do RN se estabilizará e depois poderá declinar. Tal declínio só não ocorrerá se o estado for capaz de se converter num espaço de atração migratória. É importante observar, também, que esse declínio ainda não chegou ao fim. Nos próximo censos a queda da taxa de fecundidade provavelmente ainda continuará a ocorrer.

Dois outros fenômenos relevantes e até certo ponto relacionados é a queda do número de pessoas por domicílios e o aumento do número de domicílios com apenas um morador. Nos últimos 30 anos a média de moradores por domicílios recuou de 5,09 para 3,5 e provavelmente continuará caindo. Por outro lado, cresce a participação de domicílios com um morador. Em 1980 no RN 4,94% dos domicílios possuíam apenas um morador, em 2010 esse número subiu para 9,52%. Tal tendência continuará na presente década e se apresenta de forma mais acentuada nos centros urbanos maiores.



Por fim, vemos que o modo de constituição das famílias potiguares também sofreu uma profunda alteração nos últimos 50 anos. Em 1960 45,7% das uniões conjugais no estado eram oficializadas pelas autoridades religiosas. Além disso, 41,4% das uniões conjugais eram registradas oficialmente no cartório civil e no também perante o poder religioso.

Em 2010 a principal modalidade de união conjugal é a união consensual, que não passou por nenhum crivo, quer da autoridade civil quer da autoridade religiosa. O casamento somente religioso, que já foi a principal forma de união conjugal no RN, vem declinando desde os anos 60 hoje responde apenas marginalmente pelas formas de união conjugal no estado (3,59%). O casamento civil e religioso declina desde os anos 80, já o casamento somente civil começou sua derrocada nos anos 90.

Por trás desse fenômeno, certamente, está o fato de que atualmente, pela legislação, os direitos e obrigações dos cônjuges em uniões estáveis são semelhantes e em nada se diferenciam daquelas uniões registradas em cartório.

É provável que o peso das uniões estáveis continue se acentuando ao longo da presente década e talvez da próxima. Mas provavelmente essa expansão se dará em uma velocidade menor do que aquela registrada nas últimas décadas.



PS.: Nos eixos de anos dos gráficos, onde lê-se 1990, leia-se 1991.


26 abril, 2012

A Capacidade de Hospedagem da Rede Hoteleira do Rio Grande do Norte

O IBGE divulgou ontem mais uma rodada de informações da Pesquisa dos Serviços de Hospedagem. Dessa vez o órgão trouxe informações sobre as capitais brasileiras, as Regiões Metropolitanas e municípios de interesse turísticos indicados pelo Ministério do Turismo.

Os dados mostrados pela pesquisa demonstram que o RN possui, em termos quantitativos, uma forte rede de hospedagem, concentrada principalmente em Natal e no município de Tibau do Sul. Juntos esses dois municípios respondem por mais de 90% da capacidade de hospedagem dos municípios investigados.

A importância do RN na rede de hospedagem brasileira pode ser medida, numa primeira aproximação, pela revelação de que Natal ocupa a 4ª colocação entre as cidades brasileiras. A capital potiguar possui uma capacidade de hospedar 29.757 pessoas, perdendo apenas para as cidades de São Paulo, Rio de e Salvador. No Nordeste, portanto, a capital do RN ocupa a segunda colocação.

Um destaque do perfil dessa rede de Natal (e por extensão do RN) é que ela possui um grande número de hotéis com mais de 100 unidades habitacionais. Em função dos empreendimentos localizados na Via Costeira, o padrão de tamanho da rede hoteleira de Natal é relativamente maior que a média nacional. 


Quando expandimos a análise para cobrir as Regiões Metropolitanas Brasileiras o RN perde posição no cenário nacional mas continua ocupando uma posição relevante. A Região Metropolitana de Natal ocupa a 9º colocação entre as RM brasileiras e a 4º colocação no Nordeste.


No Rio Grande do Norte a pesquisa investigou a Região Metropolitana de Natal e os pólos de turismo nos litorais sul e norte. Os dados revelam que parte expressiva da capacidade de hospedagem do estado está localizada nos municípios de Natal e Tibau do Sul. Cerca de 91% da capacidade de hospedagem dos municípios investigados está localizada nesses dois municípios. 

Juntos os municípios investigados no RN possuem capacidade de hospedagem de 38,6 mil pessoas. Além do pólo da RMN (concentrado principalmente em Natal e Parnamirim), destacam-se no litoral sul o pólo formado pelo trecho que vai da cidade de Tibau do Sul, incluindo Pipa, Barra de Cunhaú (Canguaretama) e Baía Formosa. Juntos esses municípios do litoral sul possuem uma capacidade de hospedagem de quase 6 mil pessoas.

Em menor escala destaca-se o pólo do litoral norte, formado principalmente pelos municípios de Touros e São Miguel do Gostoso. A capacidade de hospedagem desse pólo é de 449 pessoas.


Resta saber se essa nossa rede de hospedagem é suficiente para atender a demanda da Copa 2014 e se seu perfil também é adequado não só para o evento que se avizinha como também para o momento vivido pelo turismo brasileiro e mundial.



21 abril, 2012

RN não Lidera Mais os Leilões de Energia Eólica

A empresa de Pesquisas Energéticas (EPE) divulgou ontem o número de empreendimentos e o volume de energia ofertada no cadastramento para a oferta complementar de energia elétrica em 2015 (A3) e 2017 (A5).

Em junho e agosto desse ano ocorrerá leilões para a aquisição dessa energia.

Na oferta dos dois leilões a energia eólica continua liderando no número de projetos inscritos e também na energia ofertada. Dos 52,2 MWh inscritos para os dois leilões a fonte eólica responde por aproximadamente 51%, com um volume ofertado de 26,81 MWh. Em segundo lugar veio a geração de energia por meio de usinas movidas a gás natural, cuja oferta somou 18,85 MWh, respondendo por 36% da oferta total.


Dos 26,81 MWh ofertados na fonte eólica, o estado do Rio Grande do Sul foi aquele que apresentou o maior volume de energia (7,4 MWh), seguido da BA (7,1 MWh), RN (4,9 MWh) e CE (4,6 MWh).

O Nordeste continua sendo a região do Brasil com maior potencial eólico. Também se localiza aqui o maior número de empreendimentos e o volume ofertado. O RS é o principal concorrente da região. O RN já liderou em anos anteriores o número de projetos e o volume de energia eólica ofertado nesses leilões. Todavia, progressivamente o estado vem perdendo essa liderança.

A pequena dimensão territorial do estado, a infraestrutura logística (sobretudo de portos/estradas para transportes dos grandes equipamentos) e a ausência de uma rede de transmissão capaz de captar e escoar a energia gerada nos parques eólicos podem ser as principais razões para essa perca de importância relativa do estado.

É importante ressaltar, porém, que o que ocorreu agora foi apenas o cadastramento dos projetos (no RN foram inscritos 183 projetos), esses ainda passarão pela verificação da documentação por parte da EPE e, depois, pelo próprio leilão. É no leilão que saberemos de fato quem são os projetos mais competitivos.


19 abril, 2012

RN: 184 Mil Novas Linhas de Celulares no Primeiro Trimestre - VIVO Liderou Vendas

O RN fechou o mês de março de 2012 com um total de 4.213.355 linhas de telefonia móvel. Somente nesse primeiro semestre do ano foram acrescentadas às bases das operadoras de telefonia celular no estado um total de 183,6 mil novas linhas.

Esse número é aproximadamente 80% maior do que o registrado no primeiro trimestre de 2011, quando foram vendidas cerca de 102 mil novas linhas.


Nesse primeiro trimestre a liderança nas vendas de novas linhas no RN ficou com a empresa VIVO, responsável pelo acréscimo de quase metade de todas as novas linhas vendidas. Em segundo lugar veio a TIM, seguida da OI e depois da CLARO.

Em termos de número de linhas existentes no estado, porém, a liderança atualmente é da TIM. A VIVO ocupa a última posição no número de linhas de celulares em função de sua entrada tardia no mercado local.


17 abril, 2012

O Emprego Formal no RN no Primeiro Trimestre de 2012 - Quem Contratou e Quem Demitiu

O cenário do primeiro trimestre no RN para o emprego formal foi de demissão. Esse fato, porém, não trás em si nenhuma novidade. Normalmente o período que vai de dezembro a março é de desemprego no estado, sobretudo em função do fim de algumas atividades agropecuárias, como as colheitas do melão e da cana e a moagem dessa última.

O estado encerrou esse período com um saldo de 2.130 demissões (março me surpreendeu e veio positivo), um déficit inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando as demissões ficaram em 3.418 postos de trabalho perdidos.




Essa queda no saldo negativo ocorreu em função de um menor crescimento no ritmo de demissões no péríodo do que no crescimento das admissões. Estas últimas aumentaram 8% entre o primeiro trimestre do ano passado e o primeiro deste ano. As demissões, por sua vez, cresceram 4,6% nesse mesmo intervalo de tempo. Esse cenário é bem diferente daquele que passamos no primeiro trimestre de 2011 quando comparado ao primeiro de 2010. No ano passado, no primeiro trimestre, as contratações aumentaram 4% e as demissões 14%, isso comparado ao primeiro trimestre de 2010.

Nesse ano lideram as contratações os setores de serviço, comércio e construção civil. Do lado das demissões os maiores saldos negativos estão na indústria de transformação e na agropecuária.

Os serviços vem registrando, nesse trimestre, uma desaceleração no ritmo de contratações quando comparado ao mesmo trimestre de 2011. Já o comércio e a construção civil apresentaram um forte aumento no saldo positivo nesse mesmo período.




12 abril, 2012

energia Eólica: RN Possui no Momento 236,6 MWh de Capacidade Instalada de Geração e Outros 668 MWh em Construção

Segundo relatório da ANEEL, o RN possui no momento uma capacidade instalada de geração de energia eólica de 236,56 mwh. O principal parque gerador do estado está localizado no município de Guamaré, que detém 185,45 MWh de capacidade instalada. Em segundo lugar aparece Rio do Fogo com sua já tradicional usina de 49,3 MWh de capacidade.



O estado, porém, possui ainda outros 668 MWh de usinas eólicas em construção. Essas usinas estão localizadas em três municípios: Parazinho (314 MWh), João Câmara (275,6 MWh) e Pedra Grande (78,4 MWh).



Além dessas usinas listadas acima existe um número expressivo de outras usinas que ainda não começaram as obras de construção mas cuja energia já foi vendida nos leilões. Em breve essas novas usinas também terão suas obras iniciadas.

08 abril, 2012

Rio Grande do Norte Volta a Liderar as Exportações Brasileiras de Tungstênio

O RN exportou em 2011 US$ 3,4 milhões em minério concentrado de tungstênio, equivalente a 60% das exportações nacionais. Nos três primeiros meses de 2012 as exportações desse produto pelo estado já chega a US$ 1,55 milhão (valor 3 vezes maior que o exportado no mesmo período de 2011), representando 70% das exportações brasileiras de tungestênio.

O tungstênio, em função de suas características de dureza e resistência, é muito utilizado na constituição de ligas metálicas que se destinam principalmente à fabricação de ferramentas de corte em alta velocidade, como por exemplo em usinagem e em pontas de brocas para perfuração de rochas. Outra utilização mais prosaica do produto é naquelas esferas existentes na ponta de canetas esferográficas. 

O mercado mundial de tungstênio é controlado pela China, que responde por aproximadamente 65% das reservas mundiais e por 85% da produção. O Brasil possui apenas 1% das reservas e produção mundial, representando, portanto, apenas um produtor marginal no cenário mundial do produto.

No Brasil o RN é o detentor das maiores reservas de tungstênio (aproximadamente 35 mil toneladas entre reservas medidas e indicadas). As reservas locais tiveram um forte aumento no final dos anos 2000 e estão localizadas nos municípios de Jardim de Piranhas, Currais Novos, Bodó, Acari e Lajes. No estado a ocorrência do Tungstênio se dá nos depósitos minerais de Scheelita. Os outros estados que possuem as maiores reservas de tungstênio são Rondônia e Pará. Nesses estados, porém, a ocorrência se dá em depósitos minerais da Volframita.


A exploração do produto no RN remonta a meados dos anos 40 do século passado. Todavia, nos anos 90 o setor passou por uma forte crise, imposta pela economia chinesa, que passou a controlar a oferta mundial do tungstênio e produziu uma forte redução nos seus preços. Essa queda nos preços nos mercados internacionais praticamente decretou o fechamento das minas localizadas no RN.

Em meados dos anos 2000 a China volta a influenciar a produção local. Dessa vez, porém, os efeitos da mesma foram benéficos. Com o crescimento da economia chinesa nos anos recentes e a proibição dos governos de lá de exportação do produto, os preços do tungstênio dispararam nos mercados mundiais e a produção e exportações locais voltaram a ser competitivas.

Em 2005 as exportações de tungstênio pelo RN representavam apenas 4% das exportações brasileiras. Nos três primeiros meses de 2012 as exportações do estado haviam saltado para 70%. Nesse intervalo de tempo as exportações do Brasil passaram por algumas oscilações, saíram de um patamar de US$ 3 milhões em 2005 para algo próximo a US$ 6/7 milhões entre 2006 e 2008, depois caíram em 2009 e 2010 para voltarem a subir em 2011 e 2012.



No início de 2011 o RN exportava em torno de 10 toneladas mensais do produto. Entre dezembro de 2011 e março de 2012, porém, as exportações locais saltaram para a faixa de 33 toneladas (ex para o mês de fevereiro). Portanto, há indicações de que nesse ano o volume exportado fique em um patamar bem superior aos dos anos anteriores.



Infelizmente o estado ainda produz apenas a primeira etapa no processamento do produto, ou seja, exporta apenas o material concentrado e não os seus derivados semi-elaborados e elaborados. Anteriormente o estado já tentou avançar na produção de produtos intermediários e finais. A criação da empresa METASA (alguém aí ainda se lembra dela?) lá na região do Seridó foi justamente uma tentativa e agregar valor à produção local. Todavia, a crise que se abateu sobre o setor nos anos 90 (já reportada anteriormente), matou o projeto e levou a referida empresa à falência.

Esse é um segmento da economia local que promete ressurgir das cinzas. Aliás esse ressurgimento já está ocorrendo. Como o RN acabou se tornando em um curto período de tempo (entre 2005 e 2011), líder nas exportações nacionais, provavelmente isso seja uma indicação de que nossa produção á mais competitiva do que aquela oriunda de outros estados (notadamente Pará e Rondônia). Nesse caso específico, curiosamente, pode ser a logística o nosso principal fator competitivo, uma vez que nossas minas se localizam muito mais perto dos portos de escoamento do que as minas de Ariquemes em Rondônia.

05 abril, 2012

Exportações do RN Crescem 38% no Primeiro Trimestre e Somam US$ 76 Milhões

No primeiro trimestre de 2012 o RN exportou aproximadamente US$ 76 milhões, um crescimento de 38% sobre o mesmo período do ano anterior.

A fruticultura irrigada continua sendo o principal item da pauta de exportações do estado e nesse primeiro trimestre o valor exportado foi de US$ 32,3 milhões e crescimento de 20% sobre o primeiro trimestre de 2011.


Melão, castanha de caju e açúcar foram os principais produtos exportados de janeiro a março deste ano. O grande destaque até agora está sendo as exportações de açúcar, responsáveis em grande parte pelo crescimento das exportações do estado. Todavia, as exportações de açúcar provavelmente já chegaram ao final (ainda são da safra passada de açúcar).

Nos próximos meses as exportações do RN irão permanecer em um patamar baixo (provavelmente entre 15 e 20 milhões de dólares no período de abril a junho). Isso se dará em função da queda das exportações de açúcar, melão e melancia. 

O que provavelmente vai contribuir para um aumento do valor exportado pelo estado nos próximos meses serão produtos como manga, peixes e minério de ferro. Depois de junho/julho iniciarão as exportações de melão e melancia. Considerando que esse ano provavelmente será de baixa pluviometria no sertão, as exportações dessas frutas poderão ser incrementadas, pois a produção da mesma se dá em terras irrigadas e quanto menor o volume de chuvas melhor para a produção.

Um outro produto que se destacou nesse trimestre foi o minério de ferros, que teve exportações agora em março de US$ 2,2 milhões, referentes a um embarque do produto da ordem de 35 milhões de toneladas.

 


02 abril, 2012

Produção de Combustíveis na Refinaria Clara Camarão (Guamaré/RN) Continua em Crescimento

No primeiro bimestre de 2012 a Refinaria Clara Camarão, localizada no município de Guamaré/RN, produziu 186,5 mil barris de derivados de petróleo. Comparado ao mesmo período do ano anterior o crescimento foi de 19,4%. Nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro de 2012 o volume produzido foi de 1,032 milhão de barris.


O óleo diesel continua sendo o principal item da pauta de produção de derivados de petróleo no RN. Nesse primeiro bimestre foi produzido no estado 101,4 mil/m³, contra uma produção de 93,3 mil/m³ no mesmo período do ano passado.

A gasolina é o segundo principal produto, sua produção este ano foi de 60,8 mil/m³ e o crescimento foi de 46% sobre o primeiro bimestre de 2011.

O querosene de aviação (QAV) é o terceiro produto. O volume de produção do QAV em jan/fev de 2012 em Guamaré foi de 24,2 mil/m³, crescimento de 15% sobre o mesmo período do ano passado.

Mantido ao longo do ano o ritmo de produção desse bimestre o estado pode terminar 2012 com uma produção de derivados de petróleo da ordem de 1,12 milhões de metros cúbicos e um crescimento sobre 2011 de aproximadamente 12%. O maior volume de produção este ano será puxado, principalmente, pela produção de gasolina.