Redirecionamento

31 janeiro, 2012

No Aeroporto de Natal em 2011 Passaram 2,58 milhões de Passageiros

Em 2011 a movimentação de passageiros no aeroporto de Natal foi de 2,58 milhões de pessoas (embarques + desembarques). Deste total 2,45 milhões de passageiros estavam em vôos domésticos e 123 mil em vôos internacionais.

Em relação a 2010 ocorreu um crescimento de 6,84% no total de embarques e desembarques no referido aeroporto. Tal percentual foi inferior ao registrado pelos conjunto dos aeroportos das capitais do Nordeste, cujo crescimento em 2011 foi de 11,21%.

Natal possui o quarto maior aeroporto do Nordeste em termos de moviumentação de passageiros. Em primeiro lugar aparece Salvador (8,3 milhões), seguido por Recife (6,36 milhões) e depois por Fortaleza (5,65 milhões).



Os aeroportos de Teresina, São Luís e João Pessoa foram aqueles que, em 2011, apresentaram os maiores percentuais de aumento na movimentação de passageiros, com índices de 34,71%, 33,73% e 23,97%, respectivamente.

Natal e Recife apresentaram, por outro lado, os menores percentuais.

Quando analisamos os dados de movimentação de passageiros de 2003 a 2011 vemos que o crescimento do aeroporto de Natal aparece com um ritmo de crescimento superior à média do Nordeste. Nesse período a movimentação dos aeroportos das capitais nordestinas cresceu a uma taxa média anual de 7,49% enquanto em Natal o crescimento foi de 8,70%. Nesse intervalo de tempo a capital potiguar registrou o sexto melhor crescimento entre os aeroportos das capitais da região.



Um dado que merece registro é que, depois de 4 anos seguidos de queda na movimentação de passageiros em vôos internacionais o aeroporto de Natal voltou a registrar crescimento nesse segmento do mercado. Em 2010 o total de embarques de desembarques de passageiros em vôos internacionais foi de 118.055. Em 2011 esse número subiu para 123.012. Todavia, ainda é um valor distante daquele registrado em 2006 quando a movimentação de passageiros no aeroporto de Natal em vôos internacionais foi de 249.189.

No período de 2004 a 2007 a movimentação de passageiros internacionais no aeroporto de Natal era maior do que essa mesma movimentação no aeroporto de Recife. De lá para cá, porém, Natal registrou seguidas quedas nessa movimentação. Recife, por sua vez, apresentou um aumento e ultrapassou Natal.  

A queda em Natal esteve associada à brutal redução no fluxo de turistas estrangeiros (notadamente europeus) que frequentavam as praias do litoral potiguar vindos da Europa em vôos fretados. Originalmente essa queda ocorreu em função da valorização do Real frente ao Euro e, posteriormente, em função da crise econômica que se abateu sobre o velho continente.

Muito provavelmente o aumento do fluxo de passageiros em vôos internacionais registrado em Natal em 2011 se deu em função mais de brasileiros em viagens para o exterior do que de estrangeiros visitando nosso país.

Como não existe expectativas no curto/médio prazo para a recuperação da economia da Europa, também não vejo nos próximos anos o fluxo de passageiros internacionais no aeroporto potiguar crescendo de forma expressiva. A excessão, obviamente, será em 2014 com a copa do mundo de futebol da FIFA. No ano da copa o movimento de passageiros internacionais associados ao evento pode significar que passem pelos portões de embarque e desembarque internacionais do aeroporto potiguar aproximadamente o dobro do movimento deste ano.

30 janeiro, 2012

Refinaria Clara Camarão (Guamaré/RN) Produziu 1 Milhão de M³ de Combustíveis em 2011

Em 2011 a refinaria Clara Camarão, localizada no município de Guamaré/RN, produziu 1 milhão de metros cúbicos de derivados de petróleo. A maior produção foi de óleo diesel, cujo volume produzido foi de 583,4 mil m³. Em segundo lugar apareceu a produção de gasolina (cuja planta entrou em operação em 2010) e a produção no ano passado foi de 290,3 mil m³. Em terceiro lugar ficou a produção de Querosene de Aviação (QAV), com produção total de 128 mil m³.

Em relação a 2010 a produção total cresceu 30%, puxada principalmente pelo crescimento da produção de gasolina (272% a mais). A produção de óleo diesel cresceu 2% e a de QAV 7%.

Embora os dados de consumo de combustíveis no estado ainda não estejam consolidados para todo o ano de 2011, sabemos que o estado produz Diesel e QAV em um volume superior ao consumido localmente. Já na produção de gasolina a auto-suficiência parece que ainda não foi alcançada.

Em 2012 acredito que a produção continuará subindo, provavelmente ainda com a liderança no crescimento da produção de gasolina. Todavia, a taxa de crescimento em 2012 será expressivamene inferior a de 2011. Isso porque a produção de gasolina, segundo minhas expectativas, poderá crescer a, no máximo, 360 mil m³.


22 janeiro, 2012

Férias... blog com poucas postagens

As postagens no blog ultimamente estão bastante esparças. Isso está ocorrendo em função das minhas merecidas férias. A partir do começo de fevereiro tudo voltará ao normal. Já tenho várias postagens "na agulha"... Mas não deixe de visitar o blog....

16 janeiro, 2012

RN: EM 2011 O VALOR DAS PRINCIPAIS TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS AOS MUNICÍPIOS DO RN CRESCEU 20%

Em 2011 as prefeituras municipais do RN receberam de FPM, FUNDEB, ICMS e ROYALTIES DE PETRÓLEO um total de R$ 3,2 bilhões, valor que é 20,47% superior aos R$ 2,60 bilhões recebidos em 2010.

Dessas transferências a principal fonte de recursos é o FPM, cujo volume recebido o ano passado foi de R$ 1,34 bilhão, com um crescimento de 23,3% sobre o valor recebido em 2010.

A segunda mais importante transferências é o FUNDEB, com repasses em 2011 de R$ 874 milhões e crescimento sobre 2010 de 21,74%. Depois vem o ICMS, cujas transferências recebidas pelos municípios do estado foram de R$ 771 milhões e aumento de 13,75%.

Os royalties de petróleo cresceram 24,45% a atingiram o montante de R$ 185,1 milhões.


Em março de 2011 eu havia feito ulgumas postagens estimando quanto os municípios do RN irriam receber no ano passado em FPM, FUNDEB e ICMS. Meus números apontavam para um valor somado dessas três rubricas de aproximadamente R$ 3,09 bilhões, sendo R$ 1,4 bilhão de FPM, R$ 900 milhões de FUDEB e R$ 790 milhões de ICMS.

O número final ficou muito próximo do que eu estimei. O valor real foi de R$ 2,98 bilhões. Meu erro foi de apenas 3,6%. Todas as minhas estimativas ficaram acima do número real. O FPM registrou um erro de 4,59%, o FUNDEB de 2,97% e o ICMS de 2,45%.

Em todo caso, considerando que essas estimativas foram feitas no mês de março de 2011 e com dados apenas do primeiro bimestre do ano, acredito que minha "futurologia" funcionou, pois os erros ficaram abaixo de 5%, uma margem de segurança razoável.

Para ver minhas estimativas de março de 2011 (Clik Aqui) e (Aqui).

Posteriormente vou fazer um post abordando as transferências para a saúde.

10 janeiro, 2012

Exportações de Peixe do RN em 2011 Batem Record Histórico - US$ 17,9 Milhões

O RN exportou em 2011 aproximadamente US$ 18 milhões em peixes. Esse foi um dos mais importantes ítens da pauta de exportação do estado. Esse número representou o record histórico das exportações de pescado do território potiguar.

Entre 2003 e 2009 as exportações de peixes do RN vinham sofrendo uma tendência de queda. Tal tendência foi revertida em 2010 e em 2011 foi registrado um forte crescimento.




Uma desagregação maior dos dados revela que o estado vem apresentando queda nas exportações de peixes frescos e um aumento significativo nas exportações de peixes congelados. Uma abertura maior dessas informações demonsttra que o ítem responsável por esse aumento em 2011 foi principalmente as exportações de atuns, decorrentes de acordos de pesca entre empresas potiguares e japonesas.


O RN ocupou, em 2011, a quarta colocação nas exportações de peixes congelados no ranking nacional. À frente do território potiguar ficaram: Pará (US$ 24,3 milhões), Rio Grande do Sul (US$ 22,99 milhões) e Santa Catarina (US$ 22,5 milhões).

08 janeiro, 2012

Vendas de Veículos Novos Caem no RN em 2011 - Único Estado do Nordeste a Registrar Queda

As vendas de veículos novos no RN em 2011 totalizaram 73.043 unidades. Esse número foi 2,36% menor do que aquele registrado em 2010, quando foram vendidos no estado 74.812 veículos zero KM.

Entre os estados do Nordeste o RN foi o único a registrar queda nas vendas de veículos novos em 2011. Na região como um todo o aumento das vendas foi de 6,09%. As vendas no país também registraram aumento, com índice de 2,32%.


As estatísticas do RN apontam que ocorreu no estado um aumento nas vendas de motos novas. Estas saíram de 37.190 em 2010 para 37.425 novas unidades vendidas. Ocorreu também um aumento nas vendas de ônibus, caminhões e comerciais leves, cuja comercialização saiu de 9.079 unidade em 2010 para 9.437 em 2011. O problema ficou mesmo com a venda de automóveis, registraram uma retração no volume vendido de 8,28%. Em 2010 foram vendidos no estado 28.543 automóveis novos, em 2011 as vendas caíram para 26.181.



A queda nas vendas de veículos terão também um impacto em outro indicador que será divulgado em breve: as vendas do comércio varejista. Esse ano as vendas locais do comércio estão abaixo da média nacional. Um dos fatores responsáveis por esse dinamismo menor do comércio do estado é justamente esse queda nas vendas de veículos novos.

07 janeiro, 2012

RN Foi o Único Estado do Nordeste a Registrar Queda nas Exportações em 2011

As exportações do RN em 2011 caminharam na contramão da tendência nacional e do Nordeste. Enquanto o Brasil e o Nordeste aumentaram suas exportações, o RN registrou queda de 1,25%.

O Brasil exportou em 2010 US$ 201,9 bilhões e em 2011 aumentou para US$ 256,0 bilhões. O Nordeste, por sua vez, aumentou suas exportações de US$ 15,9 bilhões para US$ 18,8 bilhões. Em sentido inverso o RN viu suas exportações caírem de US$ 284,7 milhões para US$ 281,2 milhões.

Aliás, no cenário nacional somente três estados registraram queda nas exportações no ano passado: Rio Grande do Norte, Acre e Amazonas. Todos os demais aumentaram o valor de suas exportações.


Uma decomposição das exportações potiguares revela que as principais perdas em 2011 se deram com os seguintes produtos: açúcar, cobertores e mantas de algodão, energia elétrica, camarões e sal marinho.

Em 2010 esses produtos totalizaram US$ 70,1 milhões. Em 2011 o total exportado por esses cinco produtos foi de apenas US$ 18,2 milhões, uma queda de quase 75%.

No caso do açúcar a queda ocorreu no produto refinado. Em 2010 as exportações do estado haviam sido de US$ 21,6 milhões em açúcar refinado e US$ 6,0 milhões na modalidade bruto. Em 2011 as exportações de refinado cairam a zero e o açúcar bruto foi a US$ 7,6 milhões.


Uma curiosidade interessante são essas exportações de energia elétrica. Em 2010 o estado exportou 41 MWh para a Argentina e em 2011 exportou 10 MWh para o Uruguai.


06 janeiro, 2012

RN Fecha 2011 com Exportações de US$ 135,6 Milhões em Frutas

Frutas constituem o principal item da pauta de exportações do RN. Em 2011 o estado exportou US$ 135,6 milhões. Em 2010 as exportações desse grupo de produtos foram de US$ 125,5 milhões.

Em termos nacionais o Brasil exportou no ano passado US$ 898,6 milhões, onde o RN ocupou a colocação de 4º maior estado exportador do país, perdendo para o Ceará, Pernambuco e Bahia. Do RN saíram aproximadamente 15% das exportações nacionais de frutas.


O principal ítem da pauta exportadora de frutas do Rio Grande do Norte em 2011 foi o melão, com exportações de US$ 50,6 milhões. Logo em seguida vieram as exportações de castanha, totalizando US$ 50,2 milhões.

Juntas as cinco principais frutas exportadas pelo RN responderam por quase a metade das exportações estaduais.






02 janeiro, 2012

Projeção das Receitas do Futuro Aeroporto de São Gonçalo do Amarante: Destruíndo o Projeto do HUB de Carga?

Na publicação anterior eu havia afirmado que os estudos de viabilidade do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante/RN não levavam em consideração a possibilidade do mesmo se converter em um grande aeroporto nacional de cargas e em um hub na malha aeroportuária brasileira.

O gráfico abaixo mostra claramente como o referido aeroporto não foi projetado para se transformar em um grande aeroporto nacional de carga.

Em 2010, segundo dados da ANAC, a receita total do aeroporto de Natal foi de aproximadamente R$ 27 milhões, dos quais somente 3,14% vieram das atividades de capatazia. Esse é justamente a atividade relacionada à movimentação de carga no aeroporto. Em termos de valores a receita do aeroporto com carga foi de cerca de R$ 849 mil.

No estudo de viabilidade econômica do ASGA o peso das receitas de capatazia não só permanecerão marginais nas receitas totais como irão perder importância ao longo do tempo.

Essa perda de importância se dará em função de crescimento das mesmas serem inferiores ao crescimento projetado para as demais receitas.

Em 2038 o estudo projeta uma receita total do ASGA de R$ 239,4 milhões, dos quais somente R$ 3,41 milhões oriundos da atividade de capatazia. Portanto, nesse período as receitas totais crescerão a uma taxa de 8,09% ao ano enquanto as receitas de capatazia crescerão a uma taxa de 5,09% ao ano.

Essa receita de R$ 3,41 milhões em 2038 oriunda das atividades de carga é menor do que o aeroporto de Recife obteve com essa mesma atividade em 2010.

Portanto, não resta a menor sombra de dúvidas de que tal aeroporto não foi concebido como um hub nacional de carga aérea. Mas apenas como uma aeroporto de médio porte à semelhança do atual aeroporto de Natal.



A Movimentação de Cargas no Aeroporto de Natal e as Perspectivas do ASGA

A discussão em torno da transformação do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (ASGA) em um hub nacional de passageiros e de carga me fez passar os últimos dias estudando o assunto.

De cara eu afirmo categoricamente: os estudos sobre a viabilidade econômica para a concessão daquele aeroporto não levaram em consideração essa possibilidade. Portanto, o aeroporto foi "concedido" como um aeroporto "normal" de passageiros para substituir o Augusto Severo. É em vista desse aeroporto "normal" que os investimentos na empresa concessionária serão realizados.

Mas não vou aprofundar aqui essa discussão. Ainda preciso estudar um pouco mais o assunto. Mas deixo uma certeza: não há nada, absolutamente nada, que garanta que o ASGA irá se converter em um hub de passageiros e, muito menos, de carga.

Mas o meu post visa tão somente fazer uma breve caracterização do transporte de cargas por via aérea.

Entre janeiro e novembro de 2011 passaram pelos aeroportos brasileiros cerca de 1,38 milhão de toneladas de carga (não incluído a postagem aérea). Somente por Guarulhos (SP), maior aeroporto nacional, passaram um terço das cargas aéreas este ano. Aliás, os três principais aeroportos paulistas (Guarulhos, Campinas e Congonhas) respondem por mais da metade da carga aérea transportada no Brasil.

No Nordeste a liderança é dos aeroportos de Fortaleza, Recife e Salvador, que juntos respondem por menos de 10% da carga que passa nos aeroportos do país.



De janeiro a novembro deste ano passaram pelo aeroporto de Natal cerca de 6,36 mil toneladas de carga. Esse número equivale a 0,46% da carga nacional que foi transportada por via aérea no país.

O pico de carga movimentada no aeroporto potiguar foi em 2006, quando passaram por lá 11,3 mil toneladas. Desde 2007, porém, vem ocorrendo uma redução na movimentação de cargas no referido aeroporto. Em 2011 muito provavelmente o volume de carga transportada via aeroporto de Natal será inferior ao de 2010.



Como se vê, converter o ASGA em um grande aeroporto de carga não será uma tarefa fácil. Além disso, como o aeroporto não pertencerá mais à Infraero e esta terá sua parcela de controle dos aeroportos brasileiros reduzida, ficará mais difícil uma ação de política aeroportuária coordenada que induza esse aeroporto a ser um hub nacional.

Com a privatização de partes dos aeroportos brasileiros irá se acirrar a competição entre eles e também ocorrerá uma perda da capacidade de qualquer governo de interferir no perfil desses aeroportos. Isso significará, portanto, maiores dificuldades de mudança de perfil do aeroporto local. Eu só o vejo ganhando mais importância no cenário nacional de transportes de carga com uma eventual sobrecarga nos outros principais aeroportos do Nordeste: Fortaleza, Salvador e Recife.

Amanhã continuarei essa discussão e farei um post abordando apenas a questão das exportações brasileiras (e também potiguares) por via aérea.