Redirecionamento

28 maio, 2012

O Nível de Inadimplência do Crédito Bancário no RN

Em março de 2012, segundo as últimas informações disponíbilizadas pelo Banco Central do Brasil, a inadimplência do crédito bancário no RN havia atingido a marca de 4,31%. Para as pessoas físicas esse número era de 5,59% e para as jurídicas estava em 2,57%.

Uma análise da evolução da inadimplência no estado revela alguns movimentos interessantes. O primeiro deles é que, comparado ao nível registrado no mesmo período de 2011, o patamar atual é significativamente superior ao do ano passado, puxado pela inadimplência das pessoas físicas. Em março de 2011 a inadimplência total no RN estava em 3,71%, para as pessoas físicas o valor era de 4,34% e pessoas jurídicas estavam com 2,96% de seu crédito em atraso.

Apesar do forte crescimento da inadimplência do crédito das pessoas físicas verificado ao longo de 2011, esse aumento parece que já está dando sinais de esgotamento. O pico da inadimplência do crédito bancário no RN parece ter ficado nos meses de novembro e dezembro do ano passado, quando atingiram a marca de quase 5,9%. Portanto, da lá para cá a inadimplência não só parou de subir como deu sinais de recuo para patamares mais baixos.

No momento, porém, esse recuo ainda não se mostrou muito significativo, talvez sendo mais relevante o fato de que o mesmo parou de subir.

Outras duas constatações importantes na série histórica da inadimplência bancária do RN é que o ciclo de aumento da mesma verificado ao longo de 2011 não atingiu o pico do ciclo anterior. Entre 2008 e 2009, na esteira da crise mundial, a inadimplência no estado para as pessoas físicas passou por um longo ciclo de elevação, atingindo um pico de 6,99% em março de 2009. Além disso, comparados ao nível da inadimplência do início de 2004 (cerca de 9%), os números atuais até que são relativamente comportados.

Minha impressão é que a inadimplência do crédito bancário no RN tenderá a cair nos próximos meses embora essa queda não irá ocorrer em uma velocidade muito acentuada. Acredito que pelo manos até setembro o índice ainda estará na casa acima do 5%. A partir de outubro deste ano, porém, eu já imagino o índice de inadimplência abaixo do mesmo mês do ano anterior. 

A queda da inadimplência será importante, entre outras coisas, para o desempenho do comércio varejista do estado, sobretudo aquele mais dependente do crédito.


24 maio, 2012

Baraúna/RN: A Fronteira Agrícola do Rio Grande do Norte

No cenário da agricultura brasileira é reconhecido o fenômeno da expansão da fronteira agrícola em direção aos Cerrados do país. Essa expansão ocorre sobretudo através da cultura de grãos, puxado principalmente pela soja e pelo milho (mas também pela cana-de-açúcar).

No RN nós também temos uma espécie de fronteira agrícola, porém bem mais restrita que a nacional e com um perfil de produção distinto. No nosso caso a expansão das atividades agrícolas se dá basicamente com a expansão da fruticultura irrigada.

Nesse cenário ganha destaque o município de Baraúna. Em 2010, por exemplo, foi o município que registrou o maior valor da produção agrícola do estado (lavouras permanentes + temporárias). A produção agrícola de Baraúna em 2010 (último número disponível) foi de aproximadamente R$ 132 milhões, equivalente a 17% da produção das lavouras do RN.

Um dado que dá a dimensão dessa importância da Baraúna como fronteira agrícola do estado é que em 1995 o município respondia por apenas 2% do valor da produção de laveouras temporárias e permanentes no RN. Além disso, entre 1995 e 2010, de cada R$ 4 milhões de reais de aumento da produção agrícola potiguar R$ 1 milhão foi oriundo de baraúna.


Outro dado relevante sobre o município de Baraúna é que nesses dez anos analisados pelo blog verificamos uma maior diversificação na produção agrícola municipal. De uma agricultura voltada apenas para uma pequena produção de melão em 1995 Baraúna evoluiu para um conjunto de atividades mais diversificadas. Em 2010 os principais produtos agrícolas do município eram: cebola (R$ 61,6 milhões), mamão (R$ 27 milhões), melão (R$ 25,2 milhões), banana (R$ 9,3 milhões) e melancia (R$ 6,3 milhões).
 
 

22 maio, 2012

Movimentação de Passageiros no Aeroporto de Natal Caiu 4,9% no Primeiro Quadrimestre

No primeiro quadrimestre de 2012 a movimentação de passageiros (embarque + desembarque) no aeroporto de Natal foi de 904.058 pessoas, queda de 4,91% frente aos 950.721 no mesmo período do ano passado.

Esse ano somente em fevereiro a movimentação foi maior que no ano passado. A tendência de queda no aeroporto local contraria a tendência nacional. Para todos os aeroportos do país a movimentação de passageiros cresceu 6,65% nesse quadrimestre.

A queda na movimentação local é mais uma sinalização das dificuldades do setor turístico do estado.

Em 2011 (janeiro a dezembro) a movimentação foi de 2,58 milhões de passageiros.




18 maio, 2012

Comércio Varejista no RN: Desempenho e Perspectivas para 2012

Em Setembro do ano passado eu fiz uma postagem sobre o desempenho do comércio varejista do RN (veja aqui) em que concluía que estávamos em um ciclo de desaceleração do crescimento das vendas do comércio no estado. Além disso, dizia que esse ciclo de desaceleração iria perdurar até o primeiro trimestre de 2012 e depois começaria um novo ciclo de aceleração.

Chegou a hora de verificar em que medida minhas expectativas estão ou não se confirmando. 

No gráfico abaixo, que mostra o desempenho do comércio varejista e do varejo ampliado (que inclui também veículos, peças para veículos e material de construção) no estado, vemos que já em março aparece uma inversão na curva de tendência. 

Portanto, esses números levam a crer que o ciclo de desaceleração pode ter chegado ao fim. Portanto, provavelmente teremos a partir de agora um novo ciclo de aceleração, com o gráfico abaixo apresentando uma movimento de crescimento a taxas cada vez maiores.


O fim do ciclo do aperto monetário (com as recentes reduções de juros) e o aumento do salário mínimo no início do ano vão começar a impactar o desempenho do comércio agora nesse segundo trimestre e de forma mais acentuada no segundo semestre do ano.

Todavia, ainda mantenho a expectativa de que o crescimento das vendas este ano no RN não ficarão acima dos 10%. No máximo o varejo terminará o ano com crescimento de 9% e o varejo ampliado com crescimento de no máximo 8%. O varejo ampliado está tendo um desempenho mais fraco em função das vendas de veículos novos, cujos números no primeiro quadrimestre de 2012 estão abaixo das vendas do ano passado no mesmo período.

Por enquanto o desempenho do crescimento do varejo do estado ainda está abaixo daquele registrado em 2011 e muito abaixo do de 2010 (dados referente ao primeiro trimestre de cada ano). 

Mas, conforme afirmei acima, minhas expectativas é que as vendas voltem a se acelerar e o desempenho este ano seja melhor que no ano passado, embora abaixo do registrado em 2010.


Duas variáveis, acredito, terão peso importante no desempenho do comércio do estado daqui para frente. O primeiro será o mercado de trabalho. Não acho que teremos um ano espetacular na geração de empregos formais no estado em 2012. Mas tenho esperanças (por enquanto são esperanças mesmo) que será melhor que 2011. O segundo ponto será os indicadores de inadimplência. Por enquanto a inadimplência do crédito bancário no estado está cerca de 34% maior que no mesmo período do ano anterior. Espero uma estabilidade da inadimplência e depois um recuo da mesma ao longo do ano.

Assim, quanto mais empregos formais forem gerados e quanto mais a inadimplência se reduzir, melhor será para o setor varejista do RN.

Os outros fatores que impactarão o setor são: o aumento do salário mínimo (isso já está dado) e a redução dos juros com aumento do crédito. Essa maior liquidez monetária já está sendo providenciada pelo Banco Central/Governo Federal. Resta saber até onde irá essa queda dos juros e aumento do crédito. Quanto menor os juros e mais crédito os consumidores tiverem acesso, maiores serão as vendas no mercado.

17 maio, 2012

Exportações de Bananas: o RN Volta à Liderança Nacional

Três estados brasileiros lideram as exportações nacionais de banana e respondem por praticamente 98% das vendas externas do produto pelo Brasil. Esses estados são o Rio Grande do Norte, Santa Catarina e o Ceará.

Até o final de 2007 o RN mantinha uma folgada liderança nas exportações nacionais de banana, com um volume de exportações em 12 meses se aproximando dos US$ 30 milhões. Em segundo lugar aparecia Santa Catrina, com exportações de US 12 milhões anuais e depois o Ceará, cujo volume exportado ficava próximo (mas abaixo) dos US$ 4 milhões.

As enchentes que assolaram o RN no ano de 2008, com grandes inundações no Vale do Açu (principal pólo produtor de banana no RN) fizeram as exportações do estado recuarem fortemente  para a casa dos US$ 10,7 milhões (período de 12 meses) no início de 2009.

As inundações devastaram várias fazendas da principal produtora e exportadora de banana do estado, a multinacional Del Monte. A destruição das plantações não foram recompostas pela empresa em sua totalidade. A área plantada recuou e com ela a produção e as exportações.

Parte da produção local da Del Monte foi transferida para o vizinho estado do Ceará, com isso as exportações de lá mais do que triplicaram entre 2007 e 2007. 

Nesse intervalo o RN também perdeu a liderança para Santa Catarina. Desde o início de 2010, porém, que as exportações potiguares vem se alternando com as de SC na liderança nacional.

A liderança atual, porém, está sendo obtida em um contexto de queda generalizada no volume exportado. Assim, ultrapassamos SC porque aquele estado registrou uma queda no volume exportado mais acentuado que a nossa. Essa queda atingiu primeiro o RN, depois o Ceará e finalmente chegou em SC.

A crise nos países desenvolvidos (com impactos na demanda) e a valorização do Real podem estar na raiz desse movimento. 

As exportações de SC, porém, não são concorrentes do RN no mercado mundial. O estado da região sul exporta a quase totalidade de sua produção para os mercado do Mercosul, enquanto o Nordeste (RN e CE) tem nos mercados europeus e dos EUA seu principal destino. 

Nesse ano de 2012, nos 4 primeiro meses, o RN foi o único estado entre esses três a apresentar um aumento do valor das exportações de banana. Muito embora tenha sido um aumento pequeno (de apenas 0,37%), tal variação contratou com a queda de 31%  nas exportações do CE e de 45% nas de SC.

A melhora do nível do câmbio bem como a ausência de chuvas no sertão poderão fazer com que o RN volte a registrar em 2012 crescimento das exportações de banana. Em 2010 o estado exportou US$ 17,6 milhões e em 2011 o valor caiu para US$ 13,6 milhões.



15 maio, 2012

Entrevista Sobre Região Metropolitana de Natal


Energia Eólica no RN: Geração Abaixo do Esperado

O gráfico de desempenho dos parques eólicos localizados no RN começam a mostrar alguns indicadores que tem acendido um sinal de alerta entre especialistas e investidores do setor.

A fonte de preocupação principal tem sido o fato de que os parques não estão gerando menos energia do que o esperado. Produzir menos energia do que o que estava planejado no momento dos investimentos significa dizer que os parques gerarão um volume de receitas também menores e que a rentabilidade dos investimentos não será aquela esperada pelos investidores.

Essa situação pode ser claramente verificada quando comparamos, no RN, o desempenho operacional do parque eólico de Rio do Fogo/RN com a usina Alegria I, localizada em Guamaré/RN.

Os dois parques possuem basicamente a mesma capacidade instalada (49,3 MW em Rio do Fogo e 51 MW em Alegria I). Todavia, o desempenho do segundo tem sido quase sempre inferior ao primeiro. 

Segundo dados do Operador Nacional do Sistema (ONS), o parque eólico de Rio do Fogo foi construído com uma expectativa de que seria gerado 34% de sua capacidade instalada. Nos últimos 12 meses encerrados em março de 2012 o fator de capacidade verificado, ou seja a geração real de energia, ficou em 34,4%. O mesmo não ocorreu com o parque de Alegria I, cujo fator de capacidade estimado é de 32% e o parque operou nos últimos 12 meses gerando apenas 26,3%.

Os parques eólicos de Mangue Seco, também localizados em Guamaré/RN, também não estão alcançando seus respectivos fatores de capacidade estimados. Mangue Seco 5, tem registrado um fator de operação 40% abaixo do programado.

Esse não é um fenômeno isolado do RN. O desempenho abaixo do esperado dos novos parques eólicos está sendo registrado em todo o Nordeste.


14 maio, 2012

Vendas de Veículos Novos Continuam em Baixa no RN - Tendência é Nacional

No primeiro quadrimestre de 2012 foram vendidos no RN cerca de 22,3 mil veículos novos, queda de 2,3% sobre o volume vendido no mesmo período do ano passado.

A queda do RN segue a mesma tendência nacional e da região Nordeste. No Brasil a queda no ano é de 2,7% e no Nordeste de 4,1%. 

O que agrava mais a situação do Rio Grande do Norte é que a queda desse ano dá uma sequência ao que foi registrado no ano de 2011, quando no estado foram vendidos menos veículos do que em 2010. No ano passado tanto o Brasil quanto a região Nordeste registraram aumento de vendas.

O fato das estatísticas de vendas de veículos novos no RN estarem "patinando" tem uma importância direta nas estatísticas do comércio varejista ampliado produzidas pelo IBGE. Enquanto o mercado de automóveis não reagir com mais força as estatísticas do IBGE também se manterão em ritmo medíocre. 


O nível de endividamento das famílias potiguares, o aumento da inadimplência em relação ao ano passado e as condições mais restritas do crédito estão nas raízes dessa retração do mercado local. O aumento da renda e as políticas recentes de afrouxamento do crédito e redução dos juros levarão algum tempo para surtir efeitos. Ainda acredito que o mercado possa reagir ao longo do ano e as vendas superarem o que foi contabilizado no ano passado. Todavia, esse aumento (se ocorrer) não será algo muito expressivo.


10 maio, 2012

Exportações do RN Crescem 29% no Primeiro Quadrimestre de 2012, Mas Ritmo Não Se Sustenta ao Longo do Ano

As exportações do RN no primeiro quadrimestre de 2012 totalizaram US$ 90,4 milhões, valor 29% superior aos US$ 70 milhões registrados no mesmo período do ano passado. As frutas continuam sendo o principal segmento exportador do estado, sendo que o valor total exportado pelo segmento fruticultor no RN no período de janeiro a abril de 2012 foi de US$ 39,4 milhões, registrando um crescimento de 9,5% em relação ao primeiro quadrimestre de 2011.


Esse aumento de 29% nas exportações do estado provavelmente não se sustentará até o final do ano nesse patamar. Acredito sim que muito provavelmente as exportações do RN em 2012 ficarão em um patamar superior ao do ano passado (que foi em torno de US$ 281 milhões). Todavia, estimo que esse aumento ficará entre 7% e 10% e o valor total exportado ficará entre US$ 300 milhões e US$ 310 milhões.

Esse grande crescimento das exportações no primeiro quadrimestre, de quase 30%, foi puxado, além frutas, pelas exportações de açúcar no início do ano, de minérios e de produtos de confeitaria.

No caso específico das frutas, a liderança nesse primeiro quadrimestre está sendo da castanha, mas o aumento registrado no ano foi puxado principalmente pelo melão. Provavelmente as reduzidas chuvas ocorridas no estado no início do ano acabaram por prolongar a safra iniciada no segundo semestre do ano passado.


08 maio, 2012

Petróleo no RN: Queda da Produção e Aumento do Processamento no Primeiro Trimestre

No primeiro trimestre de 2012 a produção de petróleo no RN foi de 5,34 milhões de barris. Tal volume foi 2% inferior ao mesmo volume produzido no 4º trimestre de 2011 e aproximadamente 1% menor do que a produção do primeiro trimestre de 2011.

No que diz respeito ao volume de petróleo processado na Refinaria Clara Camarão (localizada em Guamaré/RN) ocorreu um aumento de 2,12% em relação ao último trimestre do ano passado e um crescimento de 8% quando comparado ao primeiro trimestre de 2011. A referida refinaria processou no primeiro trimestre de 2012 cerca de 3,37 milhões de barris de petróleo.


Conforme podemos ver no gráfico acima o RN ainda não processa a totalidade de sua produção de petróleo. Todavia, após a entrada da planta de produção de gasolina da Refinaria Clara camarão, a fração do petróleo produzido no estado que é processado aqui subiu significativamente. Em 2009 o RN processava apenas cerca de 15% do petróleo produzido em seu território. Hoje o volume processado gira em torno de 60% a 65% do que é produzido em terras e águas potiguares.


Nesse primeiro trimestre de 2012 a Refinaria Clara Camarão produziu 282,5 mil metros cúbicos de derivados de petróleo, sendo 155 mil de óleo diesel, 35,8 mil de querosene de aviação (QAV) e 91,6 mil de gasolina tipo A. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado o maior crescimento ocorreu na produção de gasolina, cujo aumento foi de quase 43%.



03 maio, 2012

Produção e Consumo de Cimento no RN em 2011 - Records Históricos

A produção e o consumo de cimento no RN em 2011 apresentaram os números mais elevados da história econômica do estado. Foram produzidos no RN 657 mil toneladas do produto e consumidas 860 mil toneladas.

Todavia, se a produção apresentou um forte crescimento em relação a 2010 (aproximadamente 42%) com a entrada em operação de uma nova fábrica no município de Baraúna/RN, o mesmo não pode ser dito do consumo. Este cresceu apenas 1,4% em relação ao ano anterior, quando o estado consumiu 850 mil toneladas de cimento.


Em termos de consumo o RN ficou em quarto lugar no Nordeste, perdendo para Bahia (3,56 mil T), Pernambuco (2,80 mil T), Ceará (1,7 mil T) e Maranhão (1,3 mil T). Na produção de cimento o estado ficou em sétima colocação na região, com uma produção maior apenas que os estados do Maranhão e Piauí.

Embora no total do ano passado o consumo de cimento no RN tenha ficado maior que o seu consumo, os dados de evolução mensal indicam que caminhamos para uma autossuficiência ainda neste ano de 2012. Capacidade de produção para isso nós já temos.

Além de alcançarmos a autossuficiência na oferta de cimento este ano, provavelmente nossa produção também irá ultrapassar aquela registrada pelo estado de Alagoas. O RN muito provavelmente encerrará 2012 repetindo a quarta colocação no consumo de cimento no Nordeste e a sexta posição no ranking de produção.

Espero para 2012 um maior aquecimento do consumo local do produto, puxado, entre outras obras, pela construção do estádio Arena das Dunas.