Redirecionamento

28 junho, 2012

Leite, Carne e Ovos: Desempenho da Agroindústria do RN no Primeiro Trimestre

O IBGE divulgou ontem os resultados de suas pesquisas trimestreais referentes à produção de leite, ovos de galinha e abate de animais.

Essas pesquisas levantam, em todas as Unidades da Federação e trimestralmente, o volume de leite adquirido e industrializado pelos laticínios (apenas aqueles que são inspecionados), o número de animais (bovinos, suínos e frangos) abatidos e os pesos de suas carcaças (também apenas dos estabelecimentos inspecionados) e o número de ovos produzidos por estabelecimentos com mais de 10.000 galinhas poedeiras.

Acho que essas pesquisas tem recebido poucos destaques no RN, mas são de grande importância para a compreensão da dinâmicas desses setores na economia estadual. Não vou fazer uma análise de longo prazo dessas indústrias no estado (os dados do IBGE remontam a informações desde a década de 90 até o ano atual), vou abordar apenas o desempenho recente.

No caso da indústria de leite, ao que parece já no primeiro trimestre do ano a seca que atingiu o sertão potiguar já começou a comprometer os laticínios do estado. No primeiro trimestre de 2012 os laticínios do RN adquiriram 14,9 milhões de litros de leite, uma redução de 15,2% em relação ao volume adquirido no mesmo trimestre do ano passado. Nacionalmente a queda na aquisição de leite pelos laticínios do RN só foi menor que aquelas registradas nos estados da BA (-15,34%) e do MS (-18,76%).


As perspectivas para esse segmento é que a queda continue ao longo do ano em função da menor oferta do produto pelos pecuaristas.


A indústria de abate de animais, sobretudo de bovinos, ainda não dá sinais no primeiro trimestre de que tenha sentido algum efeito da seca. O número de animais abatidos foi equivalente ao do primeiro trimestre de 2011. Eu acho que a seca pode produzir um aumento no número de animais abatidos por essa sindústria. Isso se derá porque, em função da seca, os produtores rurais serão obrigados a se descartar de uma parte maior do rebanho em função das condições precárias de alimentação do mesmo.


O único setor que vem apresentando um constante crescimento nos últimos 24 meses é a avicultura voltada para a produção de ovos. A produção de ovos no estado cresceu 16% no primeiro trimestre de 2012. Conforme podemos ver no gráfico esse setor vem apresentando tendências de crescimento.




26 junho, 2012

Consumo de Cimento Começa o Ano Aquecido no RN

O consumo de cimento começou o ano aquecido no RN. No primeiro bimestre de 2012 foram consumidas no estado aproximadamente 156 mil toneladas de cimento. Esse número representou um crescimento de 13% sobre o mesmo período do ano anterior.

Muito provavelmente esse aumento do consumo já reflita, em parte, a construção do estádio Arena das Dunas.

Na outra ponta a produção local de cimento apresentou um crescimento de quase 190%, puxado por dois fatores básicos. Em primeiro lugar pelo fato de que no primeiro bimestre de 2011 estava em operação no estado apenas a fábrica localizada em Mossoró. Neste ano o volume de produção incorpora também a entrada em operação da fábrica de Baraúna. Uma segunda razão é que muito provavelmente nos primeiros dois meses de 2011 ocorreu algum problema técnico na produção da fábrica de Mossoró, pois o volume mensal produzido estava em abaixo da média histórica da fábrica.

Caminhamos para ter em 2012, pela primeira vez no RN, um volume de produção de cimento superior ao consumo local.


22 junho, 2012

Mercado de Trabalho Formal no RN: Mesmo Ritmo de 2011

Em maio de 2012 o comportamento do emprego formal no RN registrou saldo negativo de 819 postos de trabalho perdidos. Apesar de ser um número muito elevado para esse mês, os dados dos 5 primeiros meses do ano ainda não estão destoantes do padrão histórico nem muito diferentes daqueles registrados no mesmo período de 2011.

Nos cinco primeiros meses de 2011 o RN havia perdido 1.952 postos de trabalho. No mesmo período de 2012 essa perda até recuou para 1.553.

Portanto, ainda não estou preocupado com o mercado de trabalho formal no estado esse ano. Há plenas condições de se repetir o mesmo número de 2011, quando foram gerados aproximadamente 12,5 mil postos de trabalho. Claro que esse desempenho pode variar entre um setor ou outro. Além disso estará bem distante do comportamento de 2010. 


20 junho, 2012

De Investidor Pessoa Física Para Tripulante de Embarcação de Pesca: Perfil das Autorizações de Imigração no RN

Nos últimos anos o RN passou por uma radical mudança no perfil das autorizações concedidas pela Coordenação Geral de Imigração para os estrangeiros que solicitavam vistos permanentes ou de trabalho no estado.

De meados da década passada até 2010 a principal modalidade de visto concedido para estrangeiros no estado era para a categoria de investidor pessoa física. No geral eram europeus que adquiriam imóveis no litoral potiguar destinado à segunda residência dos mesmos. Nesse período o estado chegou a liderar no país em alguns anos o volume de investimentos realizados por pessoas físicas. Habitualmente o estado rivalizava essas liderança com o Ceará e com São Paulo, com os quais revezava no primeiro lugar, segundo ou terceiro lugar no volume desses investimentos.

Com a crise européia e suas consequências no fluxo de turismo para o RN essa categoria de visto caiu significativamente no estado, bem como o volume de investimento e aquisição de imóveis por esses estrangeiros.

Desde o primeiro trimestre de 2011 que a liderança passou a ser de vistos temporários de trabalho concedido pára tripulação de embarcações. O crescimento dessa categoria foi viabilizado pela introdução dos barcos pesqueiros japoneses que passaram a atuar na pesca de atum no litoral brasileiro em associação com empresas potiguares. Como as modernas técnicas de pesca utilizadas por essas embarcações não eram (e ainda não são) de domínio dos pescadores potiguares, a quase totalidade da tripulação é composta por estrangeiros.


Se antes os vistos eram concedidos principalmente a espanhóis e italianos, desde o ano passado que o perfil de nacionalidades também mudou. Agora a liderança é de asiáticos (indonésios, filipinos, japoneses, chineses...), bem como de outras nacionalidades, como mexicanos e norte-americanos (essas duas últimas lideraram no primeiro trimestre de 2012).

18 junho, 2012

RN: INVESTIMENTOS DO ESTADO EM 2012 - O MENOR DO NORDESTE E O SEGUNDO MAIS BAIXO DO PAÍS

O jornal Valor Econômico revelou na última sexta feira que em matéria de insvestimento público dos governos estaduais o RN começou 2012 na rabeira da fila. (Veja matéria aqui).

Para uma receita corrente de R$ 2,79 bilhões no primeiro quadrimestre do ano o governo do RN investiu somente R$ 22 milhões, ou seja, o equivalente a 0,79%  do que foi arrecadado.

Os números do RN são baixos tanto em termos absolutos quanto relativos. Na região Nordeste o estado ficou em último lugar. O estado que investiu menos depois do RN na região investiu o dobro do que foi feito aqui. Em termos absolutos Pernambuco foi a Unidade da Federação do Nordeste que mais investiu (R$ 470 milhões), seguido da Bahia (R$ 220 milhões) e do Piauí (R$ 145,7 milhões).

Em termos relativos os maiores percentuais foram do Piauí (7,49%), Pernambuco (6,36%) e Alagoas (5,17%).

Outras duas informações que me chamaram a atenção foram: 1) no Brasil inteiro o RN só investiu mais que o estado de Goiás, cujos investimentos foram de apenas R$ 10 milhões; 2) quando comparado ao primeiro quadrimestre de 2011 os R$ 22 milhões que o RN investiu em 2012 representam um aumento de 100%. Isso significa dizer que no ano passado nesse mesmo período o investimento havia sido de apenas R$ 10 milhões.
Parte expressiva da má avaliação do governo do estado vem justamente desse baixíssimo nível de investimentos públicos.

PS.: Ainda não estavam disponíveis as informações para os estados do  Amapá, Ceará e Roraima.

16 junho, 2012

RN Tem a 5ª Maior Indústria de Construção Civil do Nordeste

O IBGE divulgou ontem os resultados da Pesquisa Anual da Construção Civil (PAIC), referente ao ano de 2010.

Os números demonstram que o estado possui a quinta maior indústria de construção civil da região Nordeste. Esse colocação pode ser comprovada pela utilização de dois indicadores básicos: o número de pessoal ocupado no setor e o valor das obras e incorporações das empresas que atuam em cada estado e que possuem 5 ou mais pessoas ocupadas.

Pela tabela abaixo vemos que o RN encerrou 2010 com um total de 36,5 mil pessoas ocupadas no setor e que o valor das obras/incorporações chegavam a R$ 3,3 bilhões. Esses números colocam o estado atrás da Bahia, de Pernambuco, do Ceará e do maranhão.



Os dados da pesquisa também revelam que entre 2007 e 2010 o valor das obras, incorporações e serviços da construção civil no RN mais do que dobraram de valor, saltando de R$ 1,5 bilhão em 2007 para R$ 3,3 bilhões em 2010. O emprego no setor também cresceu no período (44%), embora a um ritmo menor do que o valor das obras, incorporações e serviços.



13 junho, 2012

O Impacto da Seca no PIB do RN em 2012 - Desfazendo Mitos

Nos últimos tempos eu ando tentando fugir de polêmicas no meu blog. Mas dessa vez eu confesso que não consegui pois o assunto passou a me incomodar muito. Já disse várias vezes no twitter (@aldemnirrn) o que agora vou dizer aqui: as estimativas de impacto da seca no PIB do RN em 2012 são infinitamente menores do que aquelas anunciadas pelo governo do estado.

A gota d´água da minha paciência foi a matéria publicada ontem em um grande jornal de circulação nacional, o Valor Econômico (o principal jornal de economia do país), onde o secretário de agricultura do RN diz que as perdas esse ano com os efeitos da seca serão da ordem de R$ 5,5 BILHÕES. (veja aqui).

Não sei como ele chegou a esse número, mas o jornal afirma que "No Rio Grande do Norte, que tem 139 municípios em situação de emergência, a projeção é de um rombo de cerca de R$ 5,5 bilhões no PIB do Estado em 2012, informa o secretário estadual de Agricultura, Betinho Rosado. "A produção in natura, que foi seriamente prejudicada, representa 6% do nosso PIB, que é de R$ 25 bilhões. Agora, se considerado o beneficiamento desses produtos, como no caso do queijo, do iogurte e do álcool, a fatia passa para 35%", explicou."


Vamos agora explicar porque não há a menor possibilidade das perdas com a seca alcançarem essa cifra de R$ 5,5 bilhões.


Em primeiro lugar vamos tentar estimar o PIB do RN em 2012 considerando que o mesmo fosse um ano normal. Vamos estimar também o PIB da agropecuária do estado esse ano e o PIB da nossa indústria de transformação.


Para essa estimativa eu utilizei os seguintes parâmetros: 1) o PIB do Brasil este ano ficará em torno de R$ 4,2 trilhões à preço de mercado; 2) seguindo a média dos últimos anos o PIB do RN será equivalente a 0,9% do PIB brasileiro; 3) seguindo a média dos últimos anos o peso da agricultura no PIB do RN será de 5,4%; 4) seguindo a média dos últimos anos o peso da indústria de transformação no PIB do RN será de 7,32%. (Tudo a preços de mercado).


O resultado do uso desses parâmetros está mostrado na tabela abaixo.




Por essa tabela podemos ver claramente porque as perdas não podem chegar a R$ 5,5 bilhões. Se a seca tivesse produzido uma perda completa de TODA produção agrícola do estado e de TODA produção da nossa indústria de transformação, o volume total perdido seria de aproximadamente R$ 4,8 bilhões.


Ora, mas o mais importante é que a seca NÃO afetou 100% da nossa produção agrícola e nem 100% da nossa produção industrial. Pensem em atividades como indústria têxtil e de confecções, ceramistas, cimento,  cerveja, refrigerantes, calçados, padarias, torrefação e moagem de café, farinha de trigo, produto químicos... nada disso é afetado pela seca.


Pensem também na produção de melão, melancia, banana, manga, mamão e parte da produção de abacaxi. Essas são culturas irrigadas e não sofrerão efeitos da seca. A cana também não será fortemente afetada (a produção poderá até cair, mas não será significativa, pois a região leste do estado não está tendo uma seca tão acentuada quanto o interior). Acompanhando a cana a indústria de açúcar e álcool também não será arrasada a zero de produção.


Quem será fortemente afetada pela seca são as culturas de sequeiro: arroz, feijão, milho, algodão, castanha de caju e mandioca (para essa duas últimas culturas ainda não há estimativa do tamanho da perda). A produção de leite também será afetada e com ela a indústria de laticínios. 


O nó da questão é que essas atividades tem pouco peso no PIB do estado. Ou alguém imagina que aquelas queijeiras informais tem um peso relevante na produção da riqueza estadual?


Abaixo eu apresento uma primeira aproximação do tamanho da perda. Estou levando em consideração apenas a produção agrícola afetada pela seca e a produção de leite (as perdas com castanha e mandiocas são um chute meu, não há nada que indique que será assim, utilizei como parâmetros as perdas de 2010).


Pois bem, o valor a que cheguei foi algo próximo da R$ 250 milhões de perdas diretas. Agora vamos pegar os efeitos indiretos e, exagerando muito, multiplicar o número que encontrei por 4. Teremos com isso, no máximo, uma perda de R$ 1 bilhão. Porém, nem mesmo esse número eu ache que esteja correto. Acho que não passará dos R$ 750 milhões. Algo como 2% do PIB estadual.






Não estou querendo com isso diminuir a tragédia social que é o fenômeno da seca. Mas do ponto de vista econômico e de impacto dela no PIB estadual sua importância  é muito restrita. Não acho correto uma estimativa baseada em chutes sem um mínimo de embasamento na realidade.




11 junho, 2012

Produção e Processamento do Petróleo no RN em 2012

A produção de petróleo no RN nos quatro primeiros meses de 2012 manteve-se praticamente igual ao do mesmo período do ano passado, registrando apenas uma leve queda de 0,45%.


Entre janeiro e abril deste ano foram produzidos no RN cerca de 7,14 milhões de barris de petróleo, contra uma produção de 7,18 milhões no mesmo quadrimestre de 2011.


Do total produzido no estado aproximadamente 63% foram processados aqui mesmo, na Refinaria Clara Camarão. A referida planta processadora refinou 4,47 milhões de barris de petróleo. Esse número é 8% maior do que o volume processado nos 4 primeiros meses de 2011.



Até abril o RN produziu 376 mil metros cúbicos de combustíveis, valor 18,5% maior do que o produzido no mesmo período do ano anterior. Do volume produzido o óleo diesel representou a maior parcela (209 mil m³) seguido pela gasolina A (121 mil m³)) e pelo querosene de aviação (45 mil m³).


Apesar da leve queda na produção de petróleo nos quatro primeiros meses do ano, acredito que esta queda pode não se manter ao longo dos demais meses. Há uma probabilidade de que, pelo segundo ano consecutivo  nos últimos tempos, a produção de petróleo no estado registre crescimento (embora um crescimento modesto). Para que ocorra tal crescimento em 2012 é preciso que a média mensal de produção dos próximos meses se mantenha no patamar desses 4 meses iniciais. Caso isso ocorra haverá ao final do ano um leve aumento da produção, da ordem de 0,14%.




07 junho, 2012

De Janeiro a Maio de 2012 Exportações do RN Cresceram 22%

Nos primeiros cinco meses de 2012 as exportações do RN atingiram a marca de US$ 108,5 milhões, valor aproximadamente 22% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior.

As frutas, como principais itens da pauta de exortações do estado registraram um crescimento nesse mesmo período de 8%, alcançando um valor de US$ 45,09 milhões.


Melancias, melões e castanhas constituem produtos da fruticultura irrigada que apresentaram variação positiva no valor das exportações entre 2011 e 2012. Por outro lado, bananas, mangas e mamões apresentaram quedas no valor exportado.


Mantenho minhas expectativas de que as exortações totais do estado encerre 2012 com algo em torno de US$ 300 milhões. Deste valor exportado o valor das frutas ficará entre US$ 140 e US$ 150 milhões.

Uma incerteza que se avizinha é sobre o comportamento das exportações de castanha. Considerando a forte seca que se abateu sobre o estado, muito provavelmente ocorrerá uma queda na produção (ainda é muito cedo, porém, para um dimensionamento do tamanho queda). Isso poderá afetar o volume de castanha exportada pelo estado. Por outro lado, eventual aumento de preço do produto pode compensar a queda do volume exportado.

Em função dessa incerteza, acredito que o melão será, pelo segundo ano consecutivo, o principal item da pauta de exportações do RN. A castanha deve ocupar a segunda colocação.

06 junho, 2012

Safra 2012 de Feijão e Milho no RN - Segunda Pior dos Últimos 23 Anos

Ontem o IBGE divulgou nacionalmente o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), pesquisa que divulga mensalmente a estimativa de safra dos principais produtos agrícolas brasileiros.

Para o RN o Instituto comprova aquilo que já vinha sendo esperado por todos: as perdas na agricultura de sequeiro irão girar em torno de 90% da produção obtida em 2011.

Milho terá uma queda de 93%, sorgo 92%, feijão 88%, algodão herbáceo 86% e arroz 38%. Essas são as principais culturas afetadas pelos efeitos da forte seca que assola o estado no ano corrente.



Nacionalmente as perdas na lavoura de milho no RN serão as maiores do país. Ceará e Pernambuco são os outros estados cujas perdas nessa lavoura mais se aproximarão das nossas.


Outra informação interessante é que se fizermos um gráfico acompanhando a produção de milho e feijão no RN, no período de 1990 a 20212, veremos que a safra desse ano será a segunda menor da séria para os dois produtos. Somente em 2003 o estado registrou uma safra de milho e feijão inferior à safra atual.



É importante, por fim, considerar que esses números do IBGE ainda são provisórios, somente no início do próximo ano é que o órgão terá um número definitivo. Até lá ela fará uma revisão mensal desses valores. Acredito que a seca ainda ´poderá trazer impactos para a mandioca e para a castanha. Todavia, considerando que ainda estamos em período de chuvas no litoral leste e parte do agreste (e que esse período chuvoso pode se estender até agosto) e que essa região é produtora principalmente de cana e mandioca, os números dessas culturas ainda poderá sofrer alterações.

Quanto à castanha, a safra lá da região oeste e médio oeste tem início no segundo semestre (a floração dos cajuais ainda nem começou) ainda sendo, portanto, muito cedo para se estimar o impacto da seca em sua produção. Além disso, parte da produção de caju no estado acontece na área leste do estado (com produção mais tardia do que aquela registrada na porção oeste do RN) e que também pode ser afetada pelas chuvas desse período.

Portanto, somente em meados do segundo semestre é que teremos números mais aproximados para a cana-de-açúcar, a mandioca e a castanha. Mesmo as lavouras tradicionais (feijão, milho, algodão, arroz e sorgo) podem sofrer pequenos ajustes ao longo do ano.


01 junho, 2012

Governo do Estado do RN Reduz Percentual de Despesas com Pessoal

O governo doe stado do RN divulgou em seu site na internet os novos números das depesas com pessoal com fins de apuração dos limites da Lei de Responsablidade Fiscal (LRF), referente ao primeiro quadrimestre de 2012.

Nos últimos 12 meses encerrados em abril os gastos com pessoal ficaram em 48,23% da Receita Corrente Líquida (RCL) pelos critérios do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e em 47,71% pelas regras da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

Pelos dois parâmetros (STN e TCE) as despeas com pessoal ficaram acima do Limite Prudencial (46,55%) mas abaixo do Limite Máximo (49,0%), ambos estabelecidos pela LRF.

Os números desse primeiro quadrimestre de 2012 estão abaixo dos percentuais registrado em fins de 2011 e trambém em fins de 2010. Aliás o percentual é o mais baixo (pelo critério STN), desde que o atual governo assumiu a gestão do estado.

A queda nos percentuais de despesas com pessoal ocorre em função de que tais gastos estão crescendo a um ritmo inferior ao crescimento das receitas. Em dezembro de 2010 a RCL do governo do estado foi de R$ 5,25 bilhões no acumulado em 12 meses. Em abril de 2012, também no acumulado em 12 meses, essas receitas subiram para R$ 6,23 bilhões. Esses números dão um crescimento de 18,7% no período.

Nesse mesmo intervalo de tempo as despesas com pessoal cresceram 14,6%, saltando de R$ 2,6 bilhões em 2010 para R$ 2,97 bilhões nos últimos 12 meses encerrados em abril de 2012.