Redirecionamento

02 janeiro, 2012

Projeção das Receitas do Futuro Aeroporto de São Gonçalo do Amarante: Destruíndo o Projeto do HUB de Carga?

Na publicação anterior eu havia afirmado que os estudos de viabilidade do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante/RN não levavam em consideração a possibilidade do mesmo se converter em um grande aeroporto nacional de cargas e em um hub na malha aeroportuária brasileira.

O gráfico abaixo mostra claramente como o referido aeroporto não foi projetado para se transformar em um grande aeroporto nacional de carga.

Em 2010, segundo dados da ANAC, a receita total do aeroporto de Natal foi de aproximadamente R$ 27 milhões, dos quais somente 3,14% vieram das atividades de capatazia. Esse é justamente a atividade relacionada à movimentação de carga no aeroporto. Em termos de valores a receita do aeroporto com carga foi de cerca de R$ 849 mil.

No estudo de viabilidade econômica do ASGA o peso das receitas de capatazia não só permanecerão marginais nas receitas totais como irão perder importância ao longo do tempo.

Essa perda de importância se dará em função de crescimento das mesmas serem inferiores ao crescimento projetado para as demais receitas.

Em 2038 o estudo projeta uma receita total do ASGA de R$ 239,4 milhões, dos quais somente R$ 3,41 milhões oriundos da atividade de capatazia. Portanto, nesse período as receitas totais crescerão a uma taxa de 8,09% ao ano enquanto as receitas de capatazia crescerão a uma taxa de 5,09% ao ano.

Essa receita de R$ 3,41 milhões em 2038 oriunda das atividades de carga é menor do que o aeroporto de Recife obteve com essa mesma atividade em 2010.

Portanto, não resta a menor sombra de dúvidas de que tal aeroporto não foi concebido como um hub nacional de carga aérea. Mas apenas como uma aeroporto de médio porte à semelhança do atual aeroporto de Natal.



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