Redirecionamento

06 junho, 2012

Safra 2012 de Feijão e Milho no RN - Segunda Pior dos Últimos 23 Anos

Ontem o IBGE divulgou nacionalmente o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), pesquisa que divulga mensalmente a estimativa de safra dos principais produtos agrícolas brasileiros.

Para o RN o Instituto comprova aquilo que já vinha sendo esperado por todos: as perdas na agricultura de sequeiro irão girar em torno de 90% da produção obtida em 2011.

Milho terá uma queda de 93%, sorgo 92%, feijão 88%, algodão herbáceo 86% e arroz 38%. Essas são as principais culturas afetadas pelos efeitos da forte seca que assola o estado no ano corrente.



Nacionalmente as perdas na lavoura de milho no RN serão as maiores do país. Ceará e Pernambuco são os outros estados cujas perdas nessa lavoura mais se aproximarão das nossas.


Outra informação interessante é que se fizermos um gráfico acompanhando a produção de milho e feijão no RN, no período de 1990 a 20212, veremos que a safra desse ano será a segunda menor da séria para os dois produtos. Somente em 2003 o estado registrou uma safra de milho e feijão inferior à safra atual.



É importante, por fim, considerar que esses números do IBGE ainda são provisórios, somente no início do próximo ano é que o órgão terá um número definitivo. Até lá ela fará uma revisão mensal desses valores. Acredito que a seca ainda ´poderá trazer impactos para a mandioca e para a castanha. Todavia, considerando que ainda estamos em período de chuvas no litoral leste e parte do agreste (e que esse período chuvoso pode se estender até agosto) e que essa região é produtora principalmente de cana e mandioca, os números dessas culturas ainda poderá sofrer alterações.

Quanto à castanha, a safra lá da região oeste e médio oeste tem início no segundo semestre (a floração dos cajuais ainda nem começou) ainda sendo, portanto, muito cedo para se estimar o impacto da seca em sua produção. Além disso, parte da produção de caju no estado acontece na área leste do estado (com produção mais tardia do que aquela registrada na porção oeste do RN) e que também pode ser afetada pelas chuvas desse período.

Portanto, somente em meados do segundo semestre é que teremos números mais aproximados para a cana-de-açúcar, a mandioca e a castanha. Mesmo as lavouras tradicionais (feijão, milho, algodão, arroz e sorgo) podem sofrer pequenos ajustes ao longo do ano.


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