Redirecionamento

28 dezembro, 2011

A situação das rodovias no RN e seus impactos econômicos

Essa semana a notícia econômica que marcou o noticiário estadual foi o estudo publicado pela revista VEJA com um Ranking dos estados brasieiros mais capacitados a receberem investimentos externos nos próximos anos. (veja o estudo aqui).

Dentro desse estudo, ganhou destaque nas páginas da imprensa estadual a posição desfavorável do RN no ranking geral e a nota obtida pelo mesmo no quesito infraestrutura, que foi ZERO.

No domingo dia 18 de dezembro a Tribuna do Norte havia publicado uma longa entrevista minha à reporter Renata Moura onde eu já deixava claro que um dos grandes gargalos do estado era justamente a questão infraestrutural. (veja minha entrevista aqui). O título que a Tribuna deu a matéria foi uma frase minha enfatizando essa aspecto: "A INFRAESTRUTURA É UM NÓ QUE IMPEDE O CRESCIMENTO MAIS RÁPIDO DO RN".

Portanto, o estudo, nesse aspecto, não me trouxe grandes novidades. A rigor eu até acho que os aspectos da infraestrutra avaliados pelo trabaho foram muito limitados. O estudo se contentou em avaliar apenas o acesso à comunicações por banda larga e a qualidade da maha rodoviária. Poderia ter ampliado esse escopo para analisar a questão dos Portos e Aeroportos.

Mas vamos ao que interessa.

Considerando o aspecto malha rodoviária, apresentou abaixo um gráfico que mostra a evolução da qualidade de nossas estradas, segundo a pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Os dados apresentados cobrem os anos de 2007, 2009, 2010 e 2011.

O primeiro aspecto que chama a atenção é que nós tivemos dois movimentos: de um lado ocorreu o investimento em algumas rodovias que acabaram levando elevando o percentual de KMs avaliados em boas e ótimas condições de 18,2% em 2007 para 31,8% em 2010. De outro parece ter havido um abandono de determinados trechos, pois em 2007 25,5% dos KMs avaliados estavam e situação ruim ou péssima e esse percentual subiu para 35,6% em 2010.

Importante registrar, porém, que ocorreu uma queda do percentual de KM em situação ruim ou péssima entre 2010 e 2011. No ano passado o percentual era de 42,8% e regrediu para 35,6%.




O segundo aspecto relevante é quando comparamos a qualidade das rodovias federais com as estaduais. Segundo o relatório da CNT, em 2011, no RN, as estradas estaduais pesquisas registraram um percentual de KMs em situação ruim ou péssima de 76,4% e apenas 3,02% em situãção ótima ou boa. Nas rodovias federais do estados esses percentuais eram de 26,21% e 38,43%.



É claro que a situação precária das estradas compromete a competitividade da economia potiguar, pois significa ampliar os custos logísticos de produção ou até mesmo a inibição de instalação e/ou implantação de determinadas atividades econômicas. Significa, portanto, menor capacidade de geração de emprego, renda e tributos. Além disso, impacta em maiores custos de deslocamento da população.

O estudo da CNT calculou que são necessários no mínimo R$ 565,1 milhões de investimentos para a recuperação e conservação dos 1.762 KM avaliados.

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