Redirecionamento

25 fevereiro, 2012

Reservas de Petróleo no RN Cresceram 3,19% em 2011 e de Gás Recuaram 7,31%

As reservas provadas de petróleo do RN encerraram 2011 com um volume total de 536,2 milhões de barris de petróleo. Esse número é 3,19% a mais do que as reservas provadas em fins de 2010.

No Nordeste o RN possui a segunda maior reserva da região, perdendo apenas para aquela registrada pelo estado da Bahia. No Brasil como um todo o estado possui a quarta maior reserva, atrás do RJ, ES e BA.

No RJ estão concentradas as maiores reservas do país. Lá se encontram aproximadamente 83% das reservas brasileiras de petróleo. No RN temos menos de 2% o petróleo nacional.

O pico das reservas de petróleo no RN ocorreu em 2008, quando foram registradas 547 milhões de barris de petróleo em terras e mares potiguares.



Aproximadamente dois terços das reservas de petróleo do RN situam-se em terra (349,2 milhões de barris) e o restante em mar (187,0 milhões de barris). No ano passado o maior crescimento das reservas potiguares aconteceu na porção terrestre da bacia local.


Enquanto as reservas de petróleo da bacia potiguar registram um leve aumento, as reservas de gás natural apresentaram um declínio de 7,31%, puxado principalmente pela queda das reservas em mar.

Diferentemente do que ocorre com o petróleo potiguar, cujas maiores reservas situam-se em terra. Com o gás natural essas reservas estão concentradas principalmente na parte marítima da bacia local, onde se encontrem 83% do gás natural encontrado no território potiguar.

Nos últimos 7 anos as reservas de gás natural do RN recuaram em mais de 50%, caindo de aproximadamente 56 bilhões de metros cúbicos em 2004 para pouco mais de 12,5 bilhões em 2011.


As maiores reservas terrestres de petróleo no Brasil  estão localizadas atualmente na Bahia, com o RN ocupando a segunda posição. Já as reservas terrestres de gás natural estão concentradas principalmente no Amazonas, com volume de aproximadamente 90 bilhões de metros cúbicos, em segundo lugar vem a Bahia com 12,5  bilhões e em terceiro o RN, com reservas totais de 2,2 bilhões de metros cúbicos.
PS.: Estamos falando de reservas de petróleo e gás, não confundir com produção anual.

16 fevereiro, 2012

O Desempenho do Comércio Varejista do RN - Passado e Perspectivas

Em 2011 o comércio varejista do RN cresceu 7,05% em relação ao ano anterior. No conceito de comércio varejista ampliado (que inclui também as vendas de veículos e peças e o setor de material de construção) e desempenho foi de 5,53%.

Em termos comparativo o comércio varejista "restrito" do estado cresceu acima da média brasileira, que teve um crescimento de 6,7%. Por outro lado, o comércio varejista ampliado apresentou desempenho abaixo da média nacional, cujo crescimento foi de 6,6%.

Comparado ao ano de 2010 ocorreu, de forma similar ao que se passou com a economia brasileira, uma desaceleração do crescimento das vendas no estado. Em 2010 o varejo do estado cresceu 9,36% e o varejo ampliado registrou crescimento de 9,90%.

O desempenho mais fraco do comércio varejista pode ser atribuído a uma queda na venda de automóveis no estado em 2011 e também a uma redução no ritmo de lançamentos do mercado imobiliário. O menor ritmo desses dois segmentos, por sua vez, foi afetado pelas políticas de aumento dos juros e contenção do crédito adotado pelo governo federal em fins de 2009 e início de 2010. O que afetou também foi uma redução no ritmo de expansão de crédito no estado e um aumento da inadimplência do consumidor local. Outro fator importante foi o desempenho do mercado de trabalho local, cuja queda do volume de emprego formal gerado no ano registrou queda de mais de 50% quando comparado a 2010 e colocou o estado na lanterna da geração de emprego no Brasil.

Mas o mais importante a ser destacado, acredito, é que o comércio varejista ampliado estadual dificilmente repetirá nos médio prazo (falo dos próximos 3 anos), um desempenho semelhante ao registrado no triênio 2005-2007, quando crescia a taxas superiores a 12%.

Acredito que o desempenho local provavelmente ficará no máximo na casa dos 10%. Mesmo o varejo restrito também não crescerá muito além desse limite.

O gráfico abaixo demonstra que há, no longo prazo, uma tendência a essa desaceleração do crescimento do comércio. Além disso as estimativas de crescimento da economia brasileira para os próximos anos situam-se na casa do 4%. Isso significa, também, que não haverá muito espaço para crescimento muito além do 10 pontos percentuais.

Vejo um 2012 com desempenho melhor que 2011. Vejo que nesse ano também será mais provável o varejo restrito crescer mais que o ampliado. Espero para o começo do ano que a variação das vendas no acumulado em 12 meses do varejo ampliado possam registrar índices abaixo dos 5% (sobretudo agora em janeiro).

Acredito que somente a partir do segundo trimestre é que voltaremos a ver no comércio estadual algum sinal de aceleração nas vendas. Mas não espero crescer mais que 10%. Talvez cresçamos em 2012 no máximo 9% no varejo restrito e 8% no ampliado.

Mas esse é um número a ser comemorado pelo setor, pois para a economia do RN como um todo o crescimento muito provavelmente não passará do 4%.



12 fevereiro, 2012

No RN em 2011 Ocorreu Aumento do Crédito Bancário e da Inadimplência

Em novembro de 2011, segundo dados do Banco Central do Brasil, o saldo do crédito bancário no RN atingia o montante de R$ 13,5 bilhões, dos quais R$ 7,4 bilhões destinado à pessoa física e R$ 6,1 bilhões para pessoa jurídica.


Semelhante ao que vem ocorrendo no país o estado também passa por um ciclo de forte expansão do crédito, sobretudo daquele que se destina às pessoas físicas. Entre janeiro de 2004 e novembro de 2011 o crédito bancário à PF no RN cresceu 10,5 vezes, para pessoa jurídica esse crescimento foi de 5,37 vezes.


Apesar do crédito continuar se expandido, a velocidade de expansão vem apresentando sinais queda. Em dezembro de 2010 o crédito bancário no estado havia aumentado aproximadamente 30% nos 12 meses anteriores (ou seja, em relação a dezembro de 2009). Em 2011 porém, até novembro, a expansão do crédito foi de 23,6%. Muito provavelmente o ano de 2011 vai se encerrar com uma expansão nesse intervalo entre 22 e 23%.


Ao longo de 2011 verificou-se um aumento do índice de inadimplência do estado, puxado sobretudo pelo crédito voltado à pessoa física. Mas esse aumento ainda coloca a taxa de inadimplência bancária dos potiguares em um patamar bem inferior ao que já foi registrado em 2004 e também no início de 2009.



Minhas expectativas para 2012 para o crédito no RN são: 1) continuidade do movimento de expansão com leve queda do ritmo de crescimento; 2) estabilização e posterior queda das taxas de inadimplência.

09 fevereiro, 2012

Transferências Cnstitucionais para Estado e Municipios do RN foram de R$ 441,6 Milhões em Janeiro/2012

As transferências constitucionais do Governo Federal para o Estado do RN e os municípios potiguares alcançaram um volume de R$ 441,6 milhões, sendo R$ 196 milhões para os municípios e R$ 245,6 milhões para o governo do estado.

Entre essas transferências as principais rubricas são dos Fundos de Participação (FPE e FPM) e do FUNDEB (destinado á educação).

Em relação a janeiro de 2011 os municípios receberam um volume apenas 2,26% maior agora em 2012. Já para o governo do estado o aumento foi de 0,64%.

Em uma comparação com janeiros de anos anteriores, podemos ver que nos anos de 2011 e 2012 essas transferências se situam em um novo patamar (mais elevado) do que aquele registrado nos anos anteriores.


07 fevereiro, 2012

Exportações do RN Apresentam o Melhor Janeiro dos Últimos 4 Anos (US$ 27,86 Milhões)

O ano de 2012 começou bem para o setor exportador do estado. Foram exportados em janeiro deste ano US$ 27.855.544. No mesmo mês do ano passado as exportações haviam sido de US$ 18,46 milhões. Portanto, ocorreu um aumento de 51% no valor das exportações estaduais.

No contexto dos últimos tempos esse foi o melhor janeiro desde 2009.



O gráfico abaixo demonstra que no acumulado em 12 meses as exportações do RN vem apresentando, desde meados do ano passado, uma tendência de crescimento.


Um dos principais segmentos responsáveis pelas exportações nesse ano de 2012 foi o segmento de fruticultura. Em janeiro deste ano as exportações do setor totalizaram US$ 14,11 milhões, um aumento de 44% frente aos US$ 9,8 milhões do mesmo mês de 2011.

Outro grupo que registrou também um bom aumento em janeiro/12 em comparação ao mesmo mês do ano passado foi o capítulo 17 da Nomeclatura Comum do Mercosul (NCM), composto por açúcares e produtos de confeitaria. Em janeiro de 2011 as exportações desse setor no RN foram de US$ 481,58 mil e no mesmo mês deste ano subiram para US$ 3,3 milhões.

No segmento de frutas e castanhas os destaques foram para o melão (US$ 5,4 milhões em janeiro de 2011 e US$ 7,1 milhões em janeiro de 2012) e a castanha de caju (US$ 2,72 milhões em janeiro de 2011 e US$ 4,57 milhões em janeiro de 2012). Mas praticamente todos os demais produtos do segmento registraram aumento.


É provável que as exportações de fevereiro/12 sejam inferiores ao registrado em janeiro de 2012 (assim como janeiro/12 foi inferior a dezembro/11) porque estamos no fim da safra de melão e melancia, assim como no período de baixas exportações de manga. Mas há uma boa probabilidade das mesmas ficarem acima do volume registrado em fevereiro do ano passado.

04 fevereiro, 2012

Lucro Acumulado da COSERN nos Últimos 5 Anos Foi de R$ 1,11 Bilhão

A COSERN divulgou ontem seu balanço financeiro referente ao ano de 2011. Sua receita líquida foi de R$ 1,15 bilhão, com um mercado de 1,16 milhão de consumidores (dos quais 1 milhão residenciais). O volume de energia vendida foi 3.943 GWh.

O lucro líquido da empresa em 2011 foi de R$ 232 milhões, aproximadamente 9% a menos do que o lucro registrado em 2010. Se somarmos o lucro líquido da empresa do período de 2007 a 2011 chegaremos ao valor de R$ 1,11 bilhão, para um faturamento líquido acumulado no período de R$ 4,9 bilhões.


A COSERN, privatizada em dezembro de 1997, pertence ao Grupo Neoenergia, que tem como principais controladores: PREVI (fundo de pensão dos funcionários do BB) com 49,01% do capital, a Iberdrola Energia S.A. (grupo espanhol) com 39,00% e o Banco do Brasil com 11,99%.

Fala-se no mercado, porém, que a PREVI e o BB estão prestes a vender a parte deles na Neoenergia para os espanhóis da Iberdorla, que passarão a deter o controle do Grupo e, consequentemente, da COSERN.

A Neoenergia teve uma receita líquida em 2011 aproximadamente R$ 9,77 bilhões e teve um lucro líquido de R$ 1,55 bilhão. O Grupo atua nos segmentos de distribuição, geração, transmissão e comercialização de energia elétrica.

No setor de distribuição o Grupo é dono de três empresas no Nordeste: a COELBA (Bahia), a CELPE (Pernambuco) e a COSERN (Rio Grande do Norte). Entre as três distribuidoras a COSERN é a menor delas. Em 2011, por exemplo, o faturamento líquido da COELBA foi de R$ 4,97 bilhões, da CELPE foi de R$ 2,9 bilhões e da COSERN de R$ 1,15 bilhão.




02 fevereiro, 2012

Depois de 6 Anos Seguidos de Queda, Produção de Petróleo no RN Voltou a Subir em 2011

Em 2011 a produção de petróleo no RN alcançou o volume de 21,4 milhões de barris (equivalente a 58,6 mil barris/dia). Em relação a 2010 ocorreu um pequeno aumento de 3%.

Embora o aumento tenha sido pequeno, o fato chama a atenção porque é o primeiro aumento da produção registrado no estado depois de 6 anos seguidos de queda.

A queda contínua da produção de petróleo no estado pode ser vista claramente no quadro abaixo. Entre 2000 e 2011 o volume produzido recuou em 33%, baixando de 31,8 milhões de barris em 2000 para os 21,4 milhões em 2011. À título de comparação, no mesmo período a produção brasileira aumentou 71%, saindo de 450 milhões de barris em 2000 para 768 milhões em 2011.

No RN o aumento registrado em 2011 foi exclusivamente na porção terrestre da bacia potiguar. A produção de petróleo em terra no estado aumentou de 17,9 milhões de barris em 2010 para 18,6 milhões em 2011. Já na porção marítima da bacia potiguar a produção caiu de 2,9 milhões de barris em 2010 para 2,81 milhões em 2011.

Esse aumento da produção local foi o resultado dos investimentos da Petrobrás na reinjeção de água e vapor em alguns dos principais campos de produção do RN.


31 janeiro, 2012

No Aeroporto de Natal em 2011 Passaram 2,58 milhões de Passageiros

Em 2011 a movimentação de passageiros no aeroporto de Natal foi de 2,58 milhões de pessoas (embarques + desembarques). Deste total 2,45 milhões de passageiros estavam em vôos domésticos e 123 mil em vôos internacionais.

Em relação a 2010 ocorreu um crescimento de 6,84% no total de embarques e desembarques no referido aeroporto. Tal percentual foi inferior ao registrado pelos conjunto dos aeroportos das capitais do Nordeste, cujo crescimento em 2011 foi de 11,21%.

Natal possui o quarto maior aeroporto do Nordeste em termos de moviumentação de passageiros. Em primeiro lugar aparece Salvador (8,3 milhões), seguido por Recife (6,36 milhões) e depois por Fortaleza (5,65 milhões).



Os aeroportos de Teresina, São Luís e João Pessoa foram aqueles que, em 2011, apresentaram os maiores percentuais de aumento na movimentação de passageiros, com índices de 34,71%, 33,73% e 23,97%, respectivamente.

Natal e Recife apresentaram, por outro lado, os menores percentuais.

Quando analisamos os dados de movimentação de passageiros de 2003 a 2011 vemos que o crescimento do aeroporto de Natal aparece com um ritmo de crescimento superior à média do Nordeste. Nesse período a movimentação dos aeroportos das capitais nordestinas cresceu a uma taxa média anual de 7,49% enquanto em Natal o crescimento foi de 8,70%. Nesse intervalo de tempo a capital potiguar registrou o sexto melhor crescimento entre os aeroportos das capitais da região.



Um dado que merece registro é que, depois de 4 anos seguidos de queda na movimentação de passageiros em vôos internacionais o aeroporto de Natal voltou a registrar crescimento nesse segmento do mercado. Em 2010 o total de embarques de desembarques de passageiros em vôos internacionais foi de 118.055. Em 2011 esse número subiu para 123.012. Todavia, ainda é um valor distante daquele registrado em 2006 quando a movimentação de passageiros no aeroporto de Natal em vôos internacionais foi de 249.189.

No período de 2004 a 2007 a movimentação de passageiros internacionais no aeroporto de Natal era maior do que essa mesma movimentação no aeroporto de Recife. De lá para cá, porém, Natal registrou seguidas quedas nessa movimentação. Recife, por sua vez, apresentou um aumento e ultrapassou Natal.  

A queda em Natal esteve associada à brutal redução no fluxo de turistas estrangeiros (notadamente europeus) que frequentavam as praias do litoral potiguar vindos da Europa em vôos fretados. Originalmente essa queda ocorreu em função da valorização do Real frente ao Euro e, posteriormente, em função da crise econômica que se abateu sobre o velho continente.

Muito provavelmente o aumento do fluxo de passageiros em vôos internacionais registrado em Natal em 2011 se deu em função mais de brasileiros em viagens para o exterior do que de estrangeiros visitando nosso país.

Como não existe expectativas no curto/médio prazo para a recuperação da economia da Europa, também não vejo nos próximos anos o fluxo de passageiros internacionais no aeroporto potiguar crescendo de forma expressiva. A excessão, obviamente, será em 2014 com a copa do mundo de futebol da FIFA. No ano da copa o movimento de passageiros internacionais associados ao evento pode significar que passem pelos portões de embarque e desembarque internacionais do aeroporto potiguar aproximadamente o dobro do movimento deste ano.

30 janeiro, 2012

Refinaria Clara Camarão (Guamaré/RN) Produziu 1 Milhão de M³ de Combustíveis em 2011

Em 2011 a refinaria Clara Camarão, localizada no município de Guamaré/RN, produziu 1 milhão de metros cúbicos de derivados de petróleo. A maior produção foi de óleo diesel, cujo volume produzido foi de 583,4 mil m³. Em segundo lugar apareceu a produção de gasolina (cuja planta entrou em operação em 2010) e a produção no ano passado foi de 290,3 mil m³. Em terceiro lugar ficou a produção de Querosene de Aviação (QAV), com produção total de 128 mil m³.

Em relação a 2010 a produção total cresceu 30%, puxada principalmente pelo crescimento da produção de gasolina (272% a mais). A produção de óleo diesel cresceu 2% e a de QAV 7%.

Embora os dados de consumo de combustíveis no estado ainda não estejam consolidados para todo o ano de 2011, sabemos que o estado produz Diesel e QAV em um volume superior ao consumido localmente. Já na produção de gasolina a auto-suficiência parece que ainda não foi alcançada.

Em 2012 acredito que a produção continuará subindo, provavelmente ainda com a liderança no crescimento da produção de gasolina. Todavia, a taxa de crescimento em 2012 será expressivamene inferior a de 2011. Isso porque a produção de gasolina, segundo minhas expectativas, poderá crescer a, no máximo, 360 mil m³.


22 janeiro, 2012

Férias... blog com poucas postagens

As postagens no blog ultimamente estão bastante esparças. Isso está ocorrendo em função das minhas merecidas férias. A partir do começo de fevereiro tudo voltará ao normal. Já tenho várias postagens "na agulha"... Mas não deixe de visitar o blog....

16 janeiro, 2012

RN: EM 2011 O VALOR DAS PRINCIPAIS TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS AOS MUNICÍPIOS DO RN CRESCEU 20%

Em 2011 as prefeituras municipais do RN receberam de FPM, FUNDEB, ICMS e ROYALTIES DE PETRÓLEO um total de R$ 3,2 bilhões, valor que é 20,47% superior aos R$ 2,60 bilhões recebidos em 2010.

Dessas transferências a principal fonte de recursos é o FPM, cujo volume recebido o ano passado foi de R$ 1,34 bilhão, com um crescimento de 23,3% sobre o valor recebido em 2010.

A segunda mais importante transferências é o FUNDEB, com repasses em 2011 de R$ 874 milhões e crescimento sobre 2010 de 21,74%. Depois vem o ICMS, cujas transferências recebidas pelos municípios do estado foram de R$ 771 milhões e aumento de 13,75%.

Os royalties de petróleo cresceram 24,45% a atingiram o montante de R$ 185,1 milhões.


Em março de 2011 eu havia feito ulgumas postagens estimando quanto os municípios do RN irriam receber no ano passado em FPM, FUNDEB e ICMS. Meus números apontavam para um valor somado dessas três rubricas de aproximadamente R$ 3,09 bilhões, sendo R$ 1,4 bilhão de FPM, R$ 900 milhões de FUDEB e R$ 790 milhões de ICMS.

O número final ficou muito próximo do que eu estimei. O valor real foi de R$ 2,98 bilhões. Meu erro foi de apenas 3,6%. Todas as minhas estimativas ficaram acima do número real. O FPM registrou um erro de 4,59%, o FUNDEB de 2,97% e o ICMS de 2,45%.

Em todo caso, considerando que essas estimativas foram feitas no mês de março de 2011 e com dados apenas do primeiro bimestre do ano, acredito que minha "futurologia" funcionou, pois os erros ficaram abaixo de 5%, uma margem de segurança razoável.

Para ver minhas estimativas de março de 2011 (Clik Aqui) e (Aqui).

Posteriormente vou fazer um post abordando as transferências para a saúde.

10 janeiro, 2012

Exportações de Peixe do RN em 2011 Batem Record Histórico - US$ 17,9 Milhões

O RN exportou em 2011 aproximadamente US$ 18 milhões em peixes. Esse foi um dos mais importantes ítens da pauta de exportação do estado. Esse número representou o record histórico das exportações de pescado do território potiguar.

Entre 2003 e 2009 as exportações de peixes do RN vinham sofrendo uma tendência de queda. Tal tendência foi revertida em 2010 e em 2011 foi registrado um forte crescimento.




Uma desagregação maior dos dados revela que o estado vem apresentando queda nas exportações de peixes frescos e um aumento significativo nas exportações de peixes congelados. Uma abertura maior dessas informações demonsttra que o ítem responsável por esse aumento em 2011 foi principalmente as exportações de atuns, decorrentes de acordos de pesca entre empresas potiguares e japonesas.


O RN ocupou, em 2011, a quarta colocação nas exportações de peixes congelados no ranking nacional. À frente do território potiguar ficaram: Pará (US$ 24,3 milhões), Rio Grande do Sul (US$ 22,99 milhões) e Santa Catarina (US$ 22,5 milhões).

08 janeiro, 2012

Vendas de Veículos Novos Caem no RN em 2011 - Único Estado do Nordeste a Registrar Queda

As vendas de veículos novos no RN em 2011 totalizaram 73.043 unidades. Esse número foi 2,36% menor do que aquele registrado em 2010, quando foram vendidos no estado 74.812 veículos zero KM.

Entre os estados do Nordeste o RN foi o único a registrar queda nas vendas de veículos novos em 2011. Na região como um todo o aumento das vendas foi de 6,09%. As vendas no país também registraram aumento, com índice de 2,32%.


As estatísticas do RN apontam que ocorreu no estado um aumento nas vendas de motos novas. Estas saíram de 37.190 em 2010 para 37.425 novas unidades vendidas. Ocorreu também um aumento nas vendas de ônibus, caminhões e comerciais leves, cuja comercialização saiu de 9.079 unidade em 2010 para 9.437 em 2011. O problema ficou mesmo com a venda de automóveis, registraram uma retração no volume vendido de 8,28%. Em 2010 foram vendidos no estado 28.543 automóveis novos, em 2011 as vendas caíram para 26.181.



A queda nas vendas de veículos terão também um impacto em outro indicador que será divulgado em breve: as vendas do comércio varejista. Esse ano as vendas locais do comércio estão abaixo da média nacional. Um dos fatores responsáveis por esse dinamismo menor do comércio do estado é justamente esse queda nas vendas de veículos novos.

07 janeiro, 2012

RN Foi o Único Estado do Nordeste a Registrar Queda nas Exportações em 2011

As exportações do RN em 2011 caminharam na contramão da tendência nacional e do Nordeste. Enquanto o Brasil e o Nordeste aumentaram suas exportações, o RN registrou queda de 1,25%.

O Brasil exportou em 2010 US$ 201,9 bilhões e em 2011 aumentou para US$ 256,0 bilhões. O Nordeste, por sua vez, aumentou suas exportações de US$ 15,9 bilhões para US$ 18,8 bilhões. Em sentido inverso o RN viu suas exportações caírem de US$ 284,7 milhões para US$ 281,2 milhões.

Aliás, no cenário nacional somente três estados registraram queda nas exportações no ano passado: Rio Grande do Norte, Acre e Amazonas. Todos os demais aumentaram o valor de suas exportações.


Uma decomposição das exportações potiguares revela que as principais perdas em 2011 se deram com os seguintes produtos: açúcar, cobertores e mantas de algodão, energia elétrica, camarões e sal marinho.

Em 2010 esses produtos totalizaram US$ 70,1 milhões. Em 2011 o total exportado por esses cinco produtos foi de apenas US$ 18,2 milhões, uma queda de quase 75%.

No caso do açúcar a queda ocorreu no produto refinado. Em 2010 as exportações do estado haviam sido de US$ 21,6 milhões em açúcar refinado e US$ 6,0 milhões na modalidade bruto. Em 2011 as exportações de refinado cairam a zero e o açúcar bruto foi a US$ 7,6 milhões.


Uma curiosidade interessante são essas exportações de energia elétrica. Em 2010 o estado exportou 41 MWh para a Argentina e em 2011 exportou 10 MWh para o Uruguai.


06 janeiro, 2012

RN Fecha 2011 com Exportações de US$ 135,6 Milhões em Frutas

Frutas constituem o principal item da pauta de exportações do RN. Em 2011 o estado exportou US$ 135,6 milhões. Em 2010 as exportações desse grupo de produtos foram de US$ 125,5 milhões.

Em termos nacionais o Brasil exportou no ano passado US$ 898,6 milhões, onde o RN ocupou a colocação de 4º maior estado exportador do país, perdendo para o Ceará, Pernambuco e Bahia. Do RN saíram aproximadamente 15% das exportações nacionais de frutas.


O principal ítem da pauta exportadora de frutas do Rio Grande do Norte em 2011 foi o melão, com exportações de US$ 50,6 milhões. Logo em seguida vieram as exportações de castanha, totalizando US$ 50,2 milhões.

Juntas as cinco principais frutas exportadas pelo RN responderam por quase a metade das exportações estaduais.






02 janeiro, 2012

Projeção das Receitas do Futuro Aeroporto de São Gonçalo do Amarante: Destruíndo o Projeto do HUB de Carga?

Na publicação anterior eu havia afirmado que os estudos de viabilidade do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante/RN não levavam em consideração a possibilidade do mesmo se converter em um grande aeroporto nacional de cargas e em um hub na malha aeroportuária brasileira.

O gráfico abaixo mostra claramente como o referido aeroporto não foi projetado para se transformar em um grande aeroporto nacional de carga.

Em 2010, segundo dados da ANAC, a receita total do aeroporto de Natal foi de aproximadamente R$ 27 milhões, dos quais somente 3,14% vieram das atividades de capatazia. Esse é justamente a atividade relacionada à movimentação de carga no aeroporto. Em termos de valores a receita do aeroporto com carga foi de cerca de R$ 849 mil.

No estudo de viabilidade econômica do ASGA o peso das receitas de capatazia não só permanecerão marginais nas receitas totais como irão perder importância ao longo do tempo.

Essa perda de importância se dará em função de crescimento das mesmas serem inferiores ao crescimento projetado para as demais receitas.

Em 2038 o estudo projeta uma receita total do ASGA de R$ 239,4 milhões, dos quais somente R$ 3,41 milhões oriundos da atividade de capatazia. Portanto, nesse período as receitas totais crescerão a uma taxa de 8,09% ao ano enquanto as receitas de capatazia crescerão a uma taxa de 5,09% ao ano.

Essa receita de R$ 3,41 milhões em 2038 oriunda das atividades de carga é menor do que o aeroporto de Recife obteve com essa mesma atividade em 2010.

Portanto, não resta a menor sombra de dúvidas de que tal aeroporto não foi concebido como um hub nacional de carga aérea. Mas apenas como uma aeroporto de médio porte à semelhança do atual aeroporto de Natal.



A Movimentação de Cargas no Aeroporto de Natal e as Perspectivas do ASGA

A discussão em torno da transformação do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (ASGA) em um hub nacional de passageiros e de carga me fez passar os últimos dias estudando o assunto.

De cara eu afirmo categoricamente: os estudos sobre a viabilidade econômica para a concessão daquele aeroporto não levaram em consideração essa possibilidade. Portanto, o aeroporto foi "concedido" como um aeroporto "normal" de passageiros para substituir o Augusto Severo. É em vista desse aeroporto "normal" que os investimentos na empresa concessionária serão realizados.

Mas não vou aprofundar aqui essa discussão. Ainda preciso estudar um pouco mais o assunto. Mas deixo uma certeza: não há nada, absolutamente nada, que garanta que o ASGA irá se converter em um hub de passageiros e, muito menos, de carga.

Mas o meu post visa tão somente fazer uma breve caracterização do transporte de cargas por via aérea.

Entre janeiro e novembro de 2011 passaram pelos aeroportos brasileiros cerca de 1,38 milhão de toneladas de carga (não incluído a postagem aérea). Somente por Guarulhos (SP), maior aeroporto nacional, passaram um terço das cargas aéreas este ano. Aliás, os três principais aeroportos paulistas (Guarulhos, Campinas e Congonhas) respondem por mais da metade da carga aérea transportada no Brasil.

No Nordeste a liderança é dos aeroportos de Fortaleza, Recife e Salvador, que juntos respondem por menos de 10% da carga que passa nos aeroportos do país.



De janeiro a novembro deste ano passaram pelo aeroporto de Natal cerca de 6,36 mil toneladas de carga. Esse número equivale a 0,46% da carga nacional que foi transportada por via aérea no país.

O pico de carga movimentada no aeroporto potiguar foi em 2006, quando passaram por lá 11,3 mil toneladas. Desde 2007, porém, vem ocorrendo uma redução na movimentação de cargas no referido aeroporto. Em 2011 muito provavelmente o volume de carga transportada via aeroporto de Natal será inferior ao de 2010.



Como se vê, converter o ASGA em um grande aeroporto de carga não será uma tarefa fácil. Além disso, como o aeroporto não pertencerá mais à Infraero e esta terá sua parcela de controle dos aeroportos brasileiros reduzida, ficará mais difícil uma ação de política aeroportuária coordenada que induza esse aeroporto a ser um hub nacional.

Com a privatização de partes dos aeroportos brasileiros irá se acirrar a competição entre eles e também ocorrerá uma perda da capacidade de qualquer governo de interferir no perfil desses aeroportos. Isso significará, portanto, maiores dificuldades de mudança de perfil do aeroporto local. Eu só o vejo ganhando mais importância no cenário nacional de transportes de carga com uma eventual sobrecarga nos outros principais aeroportos do Nordeste: Fortaleza, Salvador e Recife.

Amanhã continuarei essa discussão e farei um post abordando apenas a questão das exportações brasileiras (e também potiguares) por via aérea.

28 dezembro, 2011

A situação das rodovias no RN e seus impactos econômicos

Essa semana a notícia econômica que marcou o noticiário estadual foi o estudo publicado pela revista VEJA com um Ranking dos estados brasieiros mais capacitados a receberem investimentos externos nos próximos anos. (veja o estudo aqui).

Dentro desse estudo, ganhou destaque nas páginas da imprensa estadual a posição desfavorável do RN no ranking geral e a nota obtida pelo mesmo no quesito infraestrutura, que foi ZERO.

No domingo dia 18 de dezembro a Tribuna do Norte havia publicado uma longa entrevista minha à reporter Renata Moura onde eu já deixava claro que um dos grandes gargalos do estado era justamente a questão infraestrutural. (veja minha entrevista aqui). O título que a Tribuna deu a matéria foi uma frase minha enfatizando essa aspecto: "A INFRAESTRUTURA É UM NÓ QUE IMPEDE O CRESCIMENTO MAIS RÁPIDO DO RN".

Portanto, o estudo, nesse aspecto, não me trouxe grandes novidades. A rigor eu até acho que os aspectos da infraestrutra avaliados pelo trabaho foram muito limitados. O estudo se contentou em avaliar apenas o acesso à comunicações por banda larga e a qualidade da maha rodoviária. Poderia ter ampliado esse escopo para analisar a questão dos Portos e Aeroportos.

Mas vamos ao que interessa.

Considerando o aspecto malha rodoviária, apresentou abaixo um gráfico que mostra a evolução da qualidade de nossas estradas, segundo a pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Os dados apresentados cobrem os anos de 2007, 2009, 2010 e 2011.

O primeiro aspecto que chama a atenção é que nós tivemos dois movimentos: de um lado ocorreu o investimento em algumas rodovias que acabaram levando elevando o percentual de KMs avaliados em boas e ótimas condições de 18,2% em 2007 para 31,8% em 2010. De outro parece ter havido um abandono de determinados trechos, pois em 2007 25,5% dos KMs avaliados estavam e situação ruim ou péssima e esse percentual subiu para 35,6% em 2010.

Importante registrar, porém, que ocorreu uma queda do percentual de KM em situação ruim ou péssima entre 2010 e 2011. No ano passado o percentual era de 42,8% e regrediu para 35,6%.




O segundo aspecto relevante é quando comparamos a qualidade das rodovias federais com as estaduais. Segundo o relatório da CNT, em 2011, no RN, as estradas estaduais pesquisas registraram um percentual de KMs em situação ruim ou péssima de 76,4% e apenas 3,02% em situãção ótima ou boa. Nas rodovias federais do estados esses percentuais eram de 26,21% e 38,43%.



É claro que a situação precária das estradas compromete a competitividade da economia potiguar, pois significa ampliar os custos logísticos de produção ou até mesmo a inibição de instalação e/ou implantação de determinadas atividades econômicas. Significa, portanto, menor capacidade de geração de emprego, renda e tributos. Além disso, impacta em maiores custos de deslocamento da população.

O estudo da CNT calculou que são necessários no mínimo R$ 565,1 milhões de investimentos para a recuperação e conservação dos 1.762 KM avaliados.

23 dezembro, 2011

Na última década RN atraiu 99 mil pessoas naturais de outros estados

Os dados sobre migração no censo 2010 ainda não foram divulgados em sua totalidade. Todavia, algumas informações já foram publicadas e já podemos fazer algumas análise com elas.

A primeira informação que destaco é que, em 2010 o IBGE encontrou aproximadamente 99 mil pessoas no RN que não eram naturais do estado mas que estavam residindo aqui há no máximo 9 anos initerruptos. Outro dado interessante é que esse número de pessoas não naturais da UF que migraram para o estado na década anterior à realização do censo vem aumentando nas últimas décadas. O censo de 1991 havia encontrado 93 mil pessoas nessa situação e o de 2000 94 mil.

É importante esclarecer que esses números não dão conta da totalidade do  movimento migratório para o estado ocorrido na década. Isso se dá porque não estão incluídos aí os naturais do RN que anteriormente haviam migrado para outros estados e retornaram nos anos intercensitários. Portanto, estão excluídos dessas estatísticas os migrantes de retorno. Esse grupo de retorno não é um número desprezível e tende a vir crescendo nos últimos anos.


Aliás, a população não natural do RN que residem no estado vem crescendo ao longo do tempo. Em 2010 havia 275,8 mil pessoas que não eram potiguares mas que residiam no estado. Em 2000 esse número havia sido de 233,6 mil e em 1991 de 202,7 mil.


No Nordeste o RN é o segundo estado com maior proporção de pessoas não naturais da UF. Em 2010 8,71% das pessoas que residiam no estado não eram naturais daqui. Somente Sergipe pessui um percentual maior que esse entre os estados do Nordeste.


Ainda há muitas informações sobre migração que o IBGE vai divulgar e traçará um perfil melhor do fenômeno migratorio no estado. Entre as questões a serem divulgadas estão: 1) qual o saldo migratório do estado na última década? De onde provêm os migrantes que entram no RN? Para onde estão indo os potiguares que migram para outros estados?

20 dezembro, 2011

Valor Anual da Produção de Petróleo no RN Chega a R$ 3,56 Bilhões

Nos últimos 12 meses terminados em outubro de 2011 o RN produziu 21,3 milhões de barris de petróleo. Utilizando como referência a produção mensal desse petróleo e multiplicando pelo preço médio mensal do mesmo, chegamos a uma cifra de US$ 2,15 bilhões. Fazendo um outro cálculo e multiplicando o valor mensal da produção em dólar pela taxa média mensal do câmbio (compra), obtemos o valor de R$ 3,56 Bilhões.

Esse é, portanto, o valor da produção de petróleo no RN acumulada em 12 meses.

Nos 10 primeiros meses de 2011 a valor do petróleo produzido no estado foi de R$ 3,03 bilhões, contra um valor de R$ 2,36 bilhões no mesmo período do ano passado. O aumento do valor da produção este ano foi ocasionado, de uma lado, pela leve recuperação do volume produzido (alta de 3,10%), e de outro, pelo aumento do preço médio do barril de petróleo, que na média mensal do ano passado foi de US$ 79,03 e esse ano está sendo de US$ 103,85.


Aliás, o comportamento do preço do petróleo na última década foi fundamental para o crescimento nominal do valor da produção local. Não custa nada lembrar que entre 2000 e 2011 a produção potiguar de petróleo regrediu em praticamente um terço. No mesmo período, porém, o preço do barri de petróleo deu um grande salto, saindo da casa dos US$ 25 o barril para um patamar de US$ 100 no ano corrente.



15 dezembro, 2011

Em 10 anos Natal Perde Participação no PIB Estadual. Quem Ganhou?

Em 10 anos a participação de Natal no PIB estadual recuou de 43,25% em 1999 para 37,16% em 2009, segundo dados do IBGE divulgados ontem. Essa queda apresentou-se como uma tendência continuada para praticamente todos os anos. Somente em 2003 e 2009  tal tendência de queda não foi registrada. Comparando 1999 com 2008 a queda foi ainda mais acentuada, pois em 2008 a participação do estado foi de 34,77%.

Tenho a impressão que a reversão de 2009  da tendência foi apenas passageira e que muito provavelmente tal declínio de participação continuará ao longo dos próximos anos.Talvez, porém, não com o mesmo ritmo da década passada e sim de modo menos acentuado.

A pergunta que se coloca é: considerando que Natal perdeu importância econômica na economia potiguar na última década, quem ganhou?

Infelizmente os ganhos de participação não foram disseminados para muitos municípios. Os ganhos ficaram restritos principalmente aos 5 maiores PIBs municipais do estado depois de Natal. Foram os municípios de Mossoró, Parnamirim, Guamaré, São Gonçalo do Amarante e Macaíba que ganharam nesse mesmo intervalo de tempo 8 ponto percentuais de participação, saltando de 18,95% em 1999 para 27% em 2009.

O conjunto dos demais 161 municípios tem oscilado de participação entre 35% e 39%. Sendo que nos últimos 4 anos da série analisada os mesmo perderam participação.



Quando abrimos os ganhos daqueles 5 municípios principais depois de Natal, podemos perceber que os maiores avanços de participação se deram em Guamaré, Parnamirim e Mossoró, com maior destaque para os ganhos de Guamaré, impulsionados pela economia do Petróleo.


Podemos afirmar, portanto, que os ganhos de desconcentração da economia estadual obtidos na última década, com a redução do peso da capital no PIB do estado, foram limitados pelo fato de que poucos municípios ganharam com essa desconcentração.

Na origem do crescimento da participação das 5 maiores economias estaduais depois de Natal está, de um lado, a economia do petróleo e seus impactos nos municípios de Mossoró e Guamaré. O aumento do preço do petróleo ao longo da década possibilitou esse crescimento mais acentuado desses dois municípios, compensando as quedas de produção ocorridas desde meados da década. Nos próximos anos a aumento do preço do petróleo será menos acentuado e, com isso, o crescimento dos mesmos será menor, conforme já foi percebido em 2009. Mas Guamaré ganhará com a entrada em operação da Refinaria Clara Camarão.

Para os demais municípios desse grupo (Parnamirim, São Gonçalo do Amarante e Macaíba), todos na Região Metropolitana de Natal, os ganhos talvez estejam associados aos seus distritos industriais e suas indústrias voltadas para o consumo (sobretudo bebidas, têxteis e vestuário), bem como à expansão imobiliária em seus espaços. Para os próximos anos identifico que tais municípios continuarão a ganhar participação.
 

14 dezembro, 2011

Financiamento do BNDES em Investimentos Eólicos no RN: R$ 2,4 Bilhões

Ontem o BNDES anunciou a aprovação de R$ 1,8 bilhão de financiamento para instalação de 26 parques eólicos no RN. Esses parques totalizam um investimento total de R$ 2,6 bilhões e terão uma capacidade instalada de 628,8 MW.

Pelo que eu consegui identificar no site do Banco esta é a segunda operação do mesmo em aprovação de investimentos em energia eólica no estado. No fim de setembro o BNDES havia aprovado outros R$ 574 milhões em financiamento para a CPFL Energia Renovável construir outros sete parques em Parazinho.

Todalizando as informações disponíveis na internet consegui identificar em 2011 um tota de R$ 2,4 bilhões em financiamentos para empreendimentos eólicos no RN feitos pelo BNDES. No total o banco já financiou este ano R$ 3,3 bilhões. Portanto, a maior parte do finacimaneto veio para o Rio Grande do Norte.

O BNDES está assumindo no Nordeste o papel que até meados do ano era desempenhado pelo BNB. Todavia, o banco regional foi proibido de financiar empreendimentos eólicos e os projetos foram transferidos para o BNDES. Essa mudança terá, inclusive, um impacto negativo significativo na carteira de financiamento do BNB no RN. Boa parte do crescimento do volume financiado pelo banco nos últimos anos teve como destino os parques eólicos.

Em termos globais somente o BNDES já financiou esse ano no estado um total de 33 parques eólicos, com investimentos previstos de R$ 3,4 bilhões e 816,8 MW de capacidade a ser instalada.

Esses projetos estão localizados nos seguintes municípios: Pedra Grande, São Miguel do Gostoso, São Bento do Norte, João Câmara, Jandaíra e Parazinho. Tais parques vem se adicionar àqueles que já foram e estão sendo instalados no município de Guamaré.

13 dezembro, 2011

O Mercado Para Engenheiros no RN nos Anos 2000

A USP acaba de colocar no ar um novo site que agrega um conjunto de informações do mercado de engenharia. Uma das muitas informações relevantes que estão lá é a evolução detalhada, ano a ano, do mercado formal de trabalho para engenheiros, segundo os grupos de engenharia e as Unidades da Federação.

Por esse site sabemos, por exemplo, que em 2010 havia no RN 1.886 engenheiros ocupados. em 2000 o total havia sido de 963. Também percebemos que houve um forte aquecimento do mercado local de trabalho para as engenharias no triênio 2008-2010. Entre 2001 e 2007 o mercado abril, em média, 74 novas vagas de engenheiro por ano, no triênio mais recente essa média subiu para 136.


Quando abrimos essas informações pelos segmentos de engenharia, vemos a liderança em 4 grandes áreas: 1) engenharia civil e afins; 2) engenharia química e afins; 3) engenharia de produção, qualidade, segurança e afins; 4) engenharia mecânica e afins.

Em termos de evolução, vemos que para a engenharia civil e de produção o mercado tem se expandido de forma mais intensa. Por outro lado, as engenharias ligadas às atividades agrossilvipecuárias tem perdido terreno e encerrados postos de trabalho.


11 dezembro, 2011

RN: Vendas de Novas Linhas de Celuares Baterão Record em 2011, mas TIM Venderá Menos

ãoNos 10 primeiros meses do ano já foram vendidas no RN 546,6 mil novas linhas de telefones móveis. No mesmo período de 2010 haviam sido vendidas 440,4 mil novas linhas. Portanto, as operadoras incorporaram esse ano, só de janeiro a outubro, mais de 100 mil novos acessos. No total o estado já conta com 3,8 milhões de inhas de celulares.

A liderança no mercado local é da TIM, que possuía em outubro 1,3 milhão de clientes no RN. Em segundo lugar aparece CLARO, seguida pela OI e depois pela VIVO.


Todavia, se a TIM mantém a liderança no estado, em 2011 a empresa ganhou menos novas linhas do que em 2010. No ano corrente a liderança na incorporação de novos acessos é da OI, com 221,6 mil novas linhas.  Em segundo lugar aparece a CLARO, que adicionou a sua carteira de cientes 182,4 mil acessos.

A TIM, por sua vez, que havia expandido sua clientela no ano passado em 190 mil novas linhas de celulares, esse ano só conseguiu incorporar, em termos líquidos, 78,7 mil novas linhas. Isso se deu em função dos problemas que a empresa teve na virada de 2010 para 2011 na qualidade dos serviços prestados. A grande expansão de 2010 acabou por comprometer a qualidade do serviço em função da estrutura da rede não ter acompanhado a venda de novas linhas.

Essa piora na qualidade do serviço prestado levou o Ministério Público a recorrer e obter na justiça a suspensão da venda de novas linhas por parte da empresa em todo o território potiguar. Além disso, nos meses de fevereiro e março a empresa teve uma redução de aproximadamente 55 mil linhas. Essa baixa decorreu em parte de perda de consumidores e em parte, provavelmente, pela própria baixa por parte da empresas de linhas não ativas.

Em último lugar no estado aparece a VIVO, que foi também a última operadora a entrar em operação no território potiguar e consequentemente enfrenta mais dificuldade para captar novos clientes.



10 dezembro, 2011

A leve recuperação na produção de petróleo no RN em 2011

Nos 10 primeiros meses de 2011 o RN produziu 17.670.694 barris de petróleo. No mesmo período do ano passado a produção havia sido de 17.236.703. Aumento, portanto, de 3,10%.

Apesar de ser um pequeno aumento, esse número tem um significado mais importante na medida em que, entre 2000 e 2010 o único ano em que não se registrou queda na produção de petróleo no estado foi em 2004. Em todos os demais anos a produção foi sempre declinante.



Pelo ritmo atual, porém, 2011 será um outro ano em que a produção será superior ao do ano anterior. Em 2010 o estado produziu 20,78 milhões de barris. Acredito que esse ano ficará por volta de 21,2 milhões. O problema é que não vislumbro para 2012 a continuidade dessa expansão. Os dados mensais parecem indicar que a expansão perdeu fôlego.





05 dezembro, 2011

Cresce a Formalização do Mercado de Trabalho no RN

O Censo 2010 encontrou no RN 1.237.237 pessoas ocupadas. Na última década o número de pessoas ocupadas no estado cresceu 35,7% ou o equivalente a 325 mil novos postos de trabalho.

Mas o melhor da história foi que a posição na ocupação que mais cresceu foi a de empregado com carteira assinada. Em 2000 havia no estado 277 mil trabalhadores com carteira assinada. Em 2010 esse número saltou para 463 mil, um crescimento de 67%.


Esses números apontam para uma década de crescente formalização das relações de trabalho no mercado local. Significa dizer que no conjunto os trabalhadores potiguares melhoraram suas condições de trabalho, com avanço da proteção social permitida por uma relação de trabalho formalizada.

Mesmo com esse avanço é importante registrar que o estoque de trabalhadores desprotegidos ainda é significativo no estado e representa a maioria da população ocupada. Em 2010 o conjunto dos trabalhadores do RN formado por Conta Própria, Empregados Sem Carteira Assinada, Não Remunerados e Trabalhadores para o Consumo Próprio, representava 54,27% de todos os ocupados do estado e somavam um contingente de 671 mil pessoas.

No outro lado da equação teríamos as posições nas ocupações "protegidas", que seriam os Empregados com Carteira Assinada, Militares e Estatutários e também os Empregadores. Esse conjunto era formado em 2010 por um total de 566 mil pessoas, representando 45,73% de todas as ocupações.

É certo que o grupo "desprotegido" vem perdendo participação no contexto das relações de trabalho no RN. Em 2000 esse grupo representava 61% do total de ocupações. 

Tomando apenas o somatório dos empregados com carteira assinada mais os militares e estatutários, o RN ocupa a melhor posição entre os estados do Norte e Nordeste do país, conforme podemos ver no gráfico abaixo.




03 dezembro, 2011

Exportações de Frutas do RN Crescerão em 2011 e Poderão Ultrapassar os US$ 130 Milhões

Entre janeiro e novembro de 2011 o RN exportou US$ 242,8 milhões, sendo que deste total US$ 116,7 milhões foram de frutas (Castanha, Melão, Banana, Manga, Mamões e Melancia).

As exportações total do estado, quando comparadas ao mesmo período do ano passado, vem registrando uma queda de 3%. Mas quando verificamos o comportamento das exportações de frutas, estas estão com um valor exportado 5,5% maior.

Em 2010 as exportações dessas 6 principais frutas da pauta de exportação do RN foram de US$ 125 milhões. Neste ano acredito que quando computado o mês de dezembro ficaremos com um total de pouco mais de US$ 130 milhões.


Até novembro o RN já exportou US$ 45 milhões em castanhas, US$ 41,5 em melão, US$ 12,7 em bananas, US$ 8,4 manga, US$ 4,9 melancia e US$ 3,7 mamão.

Juntos esses produtos somaram US$ 116,7 milhões no ano contra US$ 110,6 no mesmo período de 2010.

Em junho e julho deste ano eu havia feito duas postagens analisando as exportações desse segmento no estado e fazendo algumas previsões à respeito (veja Junho aqui e Julho aqui).


Dessas minhas previsões caminham para se confirmarem: as exportações do setor na casa de US$ 120 a US$ 130 milhões (podendo ficar até levemente acima dos US$ 130, mas não muito distante); exportações de castanha na casa dos US$ 50 milhões; aumento das exportações de castanha, manga e mamão.

Errei no caso da melancia (eu esperava uma queda mas vamos ter aumento) e da banana (eu acreditava que poderia não haver queda mas agora vejo que a redução será expressiva).

Todavia, no saldo de acertos e erros acredito que o balanço ainda me é favorável.

02 dezembro, 2011

Cai o consumo e aumenta a produção de cimento no RN em 2011

Uma tese que o blog vem defendendo há vários meses é que a economia do RN vem se desacelerando ao longo do ano e que teremos em 2011 um ano com crescimento inferior ao de 2010.

Um indicador que reforça essa nossa tese é o de consumo de cimento. Em 2010 o RN consumiu 850 mil toneladas do produto, um crescimento de 22% sobre o ano anterior.

Nos 8 primeiros meses de 2011, porém, essa tendência ao crescimento do consumo dá sinais de estagnação. Entre janeiro e agosto de 2010 o RN consumiu 545,5 mil toneladas de cimento. No mesmo período deste ano o consumo ficou em 540,7 mil toneladas, queda de 0,89%.


Nesse mesmo período a produção local saltou de 315 mil para 362,5 mil toneladas, com crescimento de 15%.

Todavia, apesar de no acumulado do ano a produção do RN ainda não ser suficiente para atendimento total da demanda, na margem isto já está acontecendo. Em agosto deste ano o RN consumiu 66,4 mil toneladas e produziu 68,3 mil.

Em breve acredito que voltaremos a ter um aumento do consumo do produto (não tenho certeza se verificaremos esse aumento ainda no ano de 2011), mas com certeza a produção continuará crescendo a um ritmo superior ao consumo local. Muito provavelmente no próximo ano o volume produzido no estado será superior à nossa demanda.




01 dezembro, 2011

Produção de Energia Eólica em Outubro no RN

A produção de energia elétrica em parques eólicos no RN continua seu ritmo de expansão. As últimas estatísticas mensias incorporaram os dados das usinas de Mangue Seco 1 e 2.

A produção dessas duas usinas vem se adicionar ao que já era produzido por Rio do Fogo, Alegria 1 e Mangue Seco 3.

Com a velocidade do vento menor, em outubro o fator de geração das usinas que estavam em operação também foi menor. Todavia, dada a entreda em operação de novos parques, a produção do estado continua se expandindo.

A usina de Rio do Fogo está localizada no município do mesmo nome, possui 61 aerogeradores com capacidade individual de 800 kw e 1 aerogerador de 500 kw, totalizando uma potencia de 49,3 MW. Essa usina entrou em operação em julho de 2006.


Alegria 1 começou a operar em dezembro de 2010 e se localiza no município de Guamaré. Possui uma capacidade total de 51 MW, através de 60 aerogeradores de 850 KW.

As Usinas de Mangue Seco (1, 2 e 3) também localizam-se em Guamaré, cada uma possui 13 aerogeradores com capacidade individual de 2 MW, totalizando uma capacidade nominal de 78 MW no parque de Mangue Seco. Essas usinas pertencem à Petrobras.